Autor: Fernando Brito - Tijolaço
Novamente, o Estadão confirma,
com bom trabalho de seus repórteres, as informações que este blog
tinha conseguido reunir e publicar, com os poucos meios de que dispõe.
No final da noite de ontem, Ricardo Brant e Andreza Matais publicam que o ex-governador Eduardo Campos aprovou, pessoalmente, a aquisição do Cessna do grupo AF Andrade, como já tinha ficado claro por uma publicação da Folha,
no dia seguinte ao acidente, quando ainda não havia elementos para que a
reportagem pudesse ver o quanto obscuro era o negócio.
Portanto, não houve empréstimo de avião dos empresários a Eduardo Campos:
o ex-governador participou diretamente da compra do aparelho, dando a
palavra final para sua aquisição, segundo os próprios empresários que
estariam vendendo o aparelho.
João Carlos Lyra Pessoa de Mello, da JCL Factoring, marcou com os donos
da AF Andrade o dia 8 de maio. Diz o jornal que “de Congonhas, o jato
partiu com o ex-governador para Uberaba (MG), com o piloto da AF
Andrade, Fabiano Peixoto. No dia, Campos visitou a 80ª Expo Zebu, em
agenda de pré-campanha”.
Mas há mais fatos sendo confirmados.
Na noite de ontem, a Polícia Federal confirmou, com mais detalhes, o que havia sido informado aqui no sábado: Campos estendeu os incentivos fiscais dados à empresa Bandeirantes Companhia de Pneus.
Segundo o Valor: “O decreto do ex-governador eliminou limites de importação de pneus à empresa, estabelecidos na gestão anterior à de Campos.”
O dono da Bandeirantes é o próximo personagem que vai surgir: Apolo
Santana Vieira, dono da Bandeirantes. Não é à toa que o aparelho em que
voava Eduardo Campos antes da compra do Cessna, era um Learjet da
Bandeirantes que, ao ser matriculado na Anac, teve escolhido o prefixo
(PP) ASV.
Este prefixo estava desativado desde 1966, quando pertencia a um Handley
Page HP-100 Herald, da então Sadia Transportes Aéreos, que viria a se
tornar a Transbrasil.
E foi solicitado por causa das iniciais: Apolo Santana Vieira.
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