O deputado André Vargas (sem partido-PR) teve sua cassação pedida pelo
colega Júlio Delgado (PSB-MG), em razão de uma carona no avião do
doleiro Alberto Youssef; no entanto, o PSB, partido de seu algoz, usava
um jato comprado com recursos de caixa dois; uma das empresas que
assumiu a compra do avião, a Bandeirantes Pneus, importava pneus
chineses, causava danos ambientais e foi favorecida por benefícios
fiscais do governo Eduardo Campos; diante da hipocrisia, Vargas
protestou: "Júlio Delgado pediu minha cassação por um voo. Agora podia
explicar por que seu partido usava um avião de empresas fantasmas"
28 DE AGOSTO DE 2014
247 – Dois pesos e duas medidas. É assim que o deputado federal André
Vargas (sem partido-PR) enxerga seu processo, quando o compara a outras
atividades irregulares na política. Desta vez, o parlamentar, que teve
sua cassação pedida pelo colega Júlio Delgado (PSB-MG) no Conselho de
Ética da Câmara por ter tomado emprestado o avião do doleiro Alberto
Youssef, preso na Operação Lava Jato, vê diferença de tratamento entre o
episódio vivenciado por ele e o do jato do PSB.
O partido de Delgado, relator de seu processo de cassação na Câmara,
usava desde maio um avião adquirido por recursos de caixa dois, pago por
empresas fantasmas. Uma delas era umapeixaria falsa.
Outra, que assumiu a compra da aeronave, a Bandeirantes Pneus,
importava pneus chineses, causava danos ambientais e chegou a ser
favorecida por benefícios fiscais pelo ex-governador de Pernambuco
Eduardo Campos (PSB).
O Cessna Citation levava Campos ao litoral paulista no último dia 13,
quando caiu e causou a morte do então candidato e mais seis pessoas,
trazendo também o escândalo à tona. O uso do avião pelo partido, que fala em empréstimo
de empresários amigos de Campos, não era declarado à Justiça Eleitoral.
A nova candidata do PSB, Marina Silva, defensora da "nova política",também usou a aeronave irregular durante a campanha.
Diante da hipocrisia, Vargas protestou: "Júlio Delgado pediu minha
cassação por um voo. Agora podia explicar por que seu partido usava um
avião de empresas fantasmas". Em entrevista concedida
ao jornal O Estado de S. Paulo no início de agosto, ele lembrou de
outro caso: a construção de um aeroporto pelo presidenciável Aécio Neves
em terras que pertenciam a sua família quando era governador de Minas
Gerais. E constatou: "se Aécio fosse do PT, já teriam pedido cassação".
Postado há 1 hour ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário