domingo, 31 de agosto de 2014

O fracasso de Marina no desmatamento

Dados comparativos questionam discurso de candidata no terreno ambiental

Confesso que não gostei quando Marina Silva insinuou que o Brasil não precisa de “gerentes” mas “estrategistas.” É óbvio que ela queria se colocar na posição de “estrategista”, supostamente mais elevada e relevante, colocando Dilma Rousseff na condição de “gerente.”

Achei esnobismo. Falta de humildade. O motivo você pode ver na comparação que mostra os números consolidados do desmatamento no Brasil. Olha o desempenho da “estrategista.”

Olhando ano a ano, você vai perceber o tempo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o tempo que Marina passou no Ministério do Meio Ambiente (2003-2007), o período de seu substituto Carlos Minc (2009-2010) e os anos de Izabela Teixeira, já no governo Dilma (1011-2013).

Os dados consolidados são estes.

A estrategista do meio ambiente Marina administrou, em média, 18 000 quilômetros quadrados de desmatamento. Com Carlos Minc, a média caiu para menos da metade: 7000. Com Izabela, encontra-se em 5560, menos de um terço do desempenho de Marina.

Sabe aquela conversa de que o adversário não “está preparado” para governar o país? Pensa “pequeno?” Olha “baixo”? Pois é.

Marina tenta alvejar Dilma com o mesmo preconceito que já foi jogado contra Lula — e também era usado contra ela, no tempo em que não recebia R$ 50 000 mensais por palestras, não era amiga de Neca Setúbal nem fazia “nova política” a bordo de jatinho sem dono conhecido nem prestação de contas.

Vamos combinar: você pode lembrar que Marina Silva criou inúmeros obstáculos à construção das usinas de Santo Antonio, Jirau e Belo Monte — e hoje adora dizer que precisamos de mais energia. Chegou a alegar — erradamente — que as obras poderiam ameaçar uma espécie de bagre do rio Madeira. Também pode lembrar que ela combateu a soja transgênica.

É claro que, para criar a fantasia da “nova política”, Marina precisa passar uma borracha no passado e tenta inventar uma novíssima candidata — que é a favor de energia elétrica e disse no Jornal Nacional que “nunca” foi contra transgênicos.

A menos que em sua fase “novíssima” ela decida revelar que “nunca” foi contra desmatamentos, este é um bom termômetro de avaliação, vamos combinar. Mesmo em seu terreno ela demonstrou mais blá-blá-blá do que competência.

Que falta faz um gerente, não?


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