Com o discurso de que "não será fácil" desalojar o PT do poder, o
senador Aécio Neves (MG) assumiu a presidência do PSDB fazendo uma forte
defesa do legado do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) -
incluindo as privatizações. Em meio a ataques aos governos Lula e
Dilma Rousseff, Aécio iniciou sua candidatura à Presidência em 2014.O
presidente do MD, deputado Roberto Freire (PE), participou da
convenção tucana, assim como o presidente do DEM, senador José Agripino
(RN).
Os discursos de união na convenção nacional do partido, no sábado, em Brasília, não conseguiram encobrir sinais de tensões internas com a consolidação do mineiro como pré-candidato ao Planalto em 2014.
Na plateia da convenção tucana estavam os dois últimos candidatos do PSDB à Presidência, Serra (2002 e 2010) e Alckmin (2006), cujas campanhas procuraram esconder FHC. Mais tarde, em carta que divulgou para o partido, Aécio fez não só uma defesa do legado do ex-presidente, mas um mea-culpa: "Erramos por não ter defendido, juntos, todo o partido, com vigor e convicção devidos, a grande obra realizada pelo PSDB".
O tucano falou sem meias palavras "Somos o partido das privatizações que tão bem fizeram ao Brasil".
Na última década, nenhum tucano com aspirações nacionais defendeu, de forma aberta, as privatizações.
Os discursos de união na convenção nacional do partido, no sábado, em Brasília, não conseguiram encobrir sinais de tensões internas com a consolidação do mineiro como pré-candidato ao Planalto em 2014.
Na plateia da convenção tucana estavam os dois últimos candidatos do PSDB à Presidência, Serra (2002 e 2010) e Alckmin (2006), cujas campanhas procuraram esconder FHC. Mais tarde, em carta que divulgou para o partido, Aécio fez não só uma defesa do legado do ex-presidente, mas um mea-culpa: "Erramos por não ter defendido, juntos, todo o partido, com vigor e convicção devidos, a grande obra realizada pelo PSDB".
O tucano falou sem meias palavras "Somos o partido das privatizações que tão bem fizeram ao Brasil".
Na última década, nenhum tucano com aspirações nacionais defendeu, de forma aberta, as privatizações.
Aécio quer se tornar popular
Com os olhos voltados para os votos das classes C e D, o candidato a
presidência Aécio Neves começa a estrelar esta semana a propaganda
partidária nacional do
PSDB. O primeiro objetivo do novo presidente do PSDB é tornar-se mais
conhecido do público
nacional. Pesquisas recentes mostram que cerca de 40% do eleitorado não
conhecem o mineiro, situação que se agrava nas classes mais pobres e no
interior do país.
A estratégia foi dividida em duas partes. Nesta semana, a partir de
amanhã, Aécio começa a aparecer em pequenos comerciais de 30 segundos,
conversando com pessoas comuns sobre economia doméstica. O foco dos tucanos é minimizar duas
fragilidades do PSDB: as percepções públicas de que o partido não
dialoga com o povo e de que suas políticas não tratam do dia a dia da
população.
A segunda parte da estratégia de comunicação aparecerá no programa
partidário do dia 30. Durante dez minutos, Aécio fará uma viagem por
várias cidades de Minas Gerais, mais uma vez conversando com a população
e mostrando como o governo mineiro, que ele ocupou entre 2003 e 2010,
ajudou a resolver problemas. Aécio só não será a
única estrela tucana em São Paulo, onde o governador Geraldo Alckmin
também aparecerá na propaganda."Aécio diz que a estratégia é mostrar que o PSDB não é partido de elite como pensam"
Números desmente Aécio
No jornal tucano Folha:
Após dez anos de gestão do PSDB em Minas Gerais, ao menos duas bandeiras
do partido sofrem desgaste: o combate à desigualdade regional e à
criminalidade.
Enquanto o fosso entre regiões ricas e pobres do Estado não se reduziu, a
violência cresce desde 2010, sobretudo nas grandes cidades.
A participação das regiões menos desenvolvidas no PIB ficou estagnada
ou diminuiu. A participação do norte se manteve em 4% de 2002 a 2009 e
caiu para 3,8%. No Jequitinhonha/Mucuri, foi de 1,9% para 1,8%.
"Tais evidências sinalizam a grande desigualdade em termos de
desenvolvimento econômico que prevalece em Minas", apontou o Tribunal de
Contas do Estado sobre as contas do governo de 2011.
Violência
Na segurança, a redução da violência alcançada sob Aécio sofreu recuo
significativo. A taxa média mensal de crimes violentos por cem mil
habitantes caiu de 45 em 2005 para 20,8 em 2010. Mas, no mês passado,
chegou a 36,4.
A divulgação de estatísticas criminais foi interrompida em 2011, quando
os dados cresciam. Anastasia trocou a cúpula da Defesa, mas o problema
persiste: crimes violentos subiram 19% no primeiro quadrimestre de 2013,
ante igual período de 2012.
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