A imprensa de negócios
privados, quando não consegue impôr à sociedade suas mentiras, passa a atacar
em várias frentes, a exemplo da inflação retratada no preço (sazonal) dos
tomates
A imprensa de negócios
privados, quando não consegue impor à sociedade suas mentiras, distorções,
manipulações e dissimulações, tal organismo midiático de propósitos elitistas
se torna um "ser" abissal, pois aloprado e desesperado; irado e
maledicente, passa a atacar em várias frentes, a exemplo da inflação retratada
no preço (sazonal) dos tomates, bem como repercute pelos quatro cantos que o
Brasil vai ter de enfrentar um duro racionamento de energia, além de pressionar
sistematicamente, em nome dos banqueiros e de governos internacionais, para que
os juros tenham seus índices elevados.
Trata-se de uma imprensa de
mercado rastaqüera, totalmente leviana e descompromissada com o Brasil. Adere a
qualquer ação, pessoa, grupo ou interesse que, de uma forma ou de outra,
favoreça a efetivar uma oposição aos governos trabalhistas, mesmo se tal
imprensa alienígena ganhar muito dinheiro, bem como o mundo empresarial em
todos seus setores e segmentos. O setor econômico de mídias vive um apagão de
idéias e se alicerça no pensamento de seus "especialistas" do mundo
acadêmico e da comunicação jornalística, geralmente retrógado, reacionário e
completamente desleal intelectualmente.
A imprensa comercial e
privada brasileira é o embuste de si mesma. Ela conspira e boicota, porque é
golpista, entreguista, colonizada, e, antes de tudo e qualquer coisa, a
imprensa burguesa é uma farsa. Ponto. Associou-se, instantaneamente, aos
interesses dos grandes empresários controladores há décadas de terminais dos
portos. Aliou-se aos lobistas nacionais e internacionais, que ganham muito
dinheiro por intermédio de favorecimentos e corrupção do setor alfandegário
junto ao setor de importação e exportação, e percebeu rapidamente que até mesmo
alguns sindicatos e líderes sindicais, com medo de perder influência, mordomias
e "parcerias" com esse mundo empresarial, voltaram-se contra a MP dos
Portos.
Contudo, e, sobretudo, a
imprensa corporativa apoiou e deu voz aos políticos do PSDB, do DEM, do PPS e
do PMDB, do governador fluminense Sérgio Cabral, na pessoa do deputado Eduardo
Cunha, que, seguramente, transformou-se nesse processo em instrumento de
retaliação de Cabral, insatisfeito que está com a presidenta Dilma Rousseff e
com o PT, que resolveram apoiar a candidatura do senador Lindbergh Farias para
o Palácio Laranjeiras.
O candidato do governador do
Rio de Janeiro, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, não decolou. O
ex-governador, o deputado Anthony Garotinho (PR), e o petista, senador
Lindbergh, são os favoritos para vencer as eleições de 2014, fato este que
levou o PT (leia-se Lula e Dilma) a refazer suas avaliações, ainda quando se
sabe que o Rio de Janeiro é o segundo estado mais poderoso da Federação, bem
como sua capital é a cidade internacionalmente mais conhecida do Brasil, sede
de jogos da Copa do Mundo, das Olimpíadas de 2016 e de incontáveis eventos políticos,
religiosos, culturais, artísticos, empresariais e esportivos.
A retaliação de Sérgio
Cabral ao Governo Federal tem fundo paroquial. Sua atitude mostrou a pequenez
do político como governante, bem como sua alma tucana, a exemplo do prefeito
Eduardo Paes, com origem no PSDB. Cabral e Paes perceberam que a aliança com os
presidentes Lula e depois Dilma transformariam o Rio de Janeiro em um canteiro
de obras. Além disso, o Estado fluminense e a cidade carioca são os dois
destinos que mais receberam recursos orçamentários em todo o planeta. Essa
realidade é fato, e não ilusão.
Não existe contrapartida. A
ingratidão é imensa, e Cabral não se fez de rogado para retaliar e,
consequentemente, prejudicar a votação de MP dos Portos, o que poderia ser
evitado com um simples telefonema para o deputado Cunha, líder do PMDB na
Câmara. Em nenhum momento, o governador do Rio afirmou em público ou pela
imprensa que é contra a MP, por qualquer motivo que seja. Então, o que resta a
pensar é que Sérgio Cabral está inconformado com a tibieza da candidatura Pezão
e o crescimento do petista Lindbergh Farias, como candidato do PT ao Governo do
Rio, além, não podemos esquecer, das polêmicas e dos embates no que concerne
aos royalties de petróleo, que fizeram muitas vezes o governador ser açodado em
suas críticas contra os presidentes Dilma e Lula, este responsável maior pelo
Rio de Janeiro receber recursos bilionários, recuperar sua autoestima e se
tornar em uma locomotiva econômica que chama a atenção do Brasil e do mundo.
Eis que, como lobos à espera
de dar a emboscada, as lideranças do PSDB, do DEM (o pior partido do mundo) e
do PPS, a ter o PSOL como apêndice, aproveitam-se da conduta do líder do PMDB,
Eduardo Cunha, parlamentar monitorado por Sérgio Cabral, para mais do que
tentar obstruir a votação da MP tão necessária à modernização dos portos,
tentam, em vão, tirar a proposta da pauta de votações, e, por conseguinte,
inviabilizar o projeto do Governo Central de acabar com um dos maiores gargalos
da nossa economia, que se traduz na pouca efetividade dos portos, do controle
de seus terminais por empresários que não pensam no País e na dificuldade de
escoamento da gigantesca produção brasileira, por motivo de ainda o Brasil
enfrentar problemas de infraestrutura, apesar dos avanços sociais e econômicos
comprovados pelos índices e números do IBGE, do Banco Central, da Fundação
Getúlio Vargas e do Ministério da Fazenda. Por isso, que a MP dos Portos é
importante, ao ponto de fazer com que Dilma pedisse, em público, que os deputados
a aprovassem.
A direita brasileira é uma
das piores do mundo, afinal ela é, incontestavelmente, a herdeira da escravidão
e protagonista de golpes de estado. Ou algum patrício tem dúvida? Todavia, uma
coisa eu reconheço: a direita não desiste do seu papel histórico, que é o de
tentar obstruir, e se puder para todo o sempre, o desenvolvimento econômico do
Brasil e a emancipação do povo brasileiro. Como perdeu no plenário da Câmara,
porque não tem maioria, e o Senado, impreterivelmente, aprovou também a MP dos
Portos, a direita brasileira resolve usar mais uma vez como recurso para sua
derrota política o STF, onde atua juízes conservadores como o Gilmar Mendes,
que novamente está em pé de guerra com o Congresso Nacional.
A direita eleitoralmente
derrotada e que, por intermédio do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP),
anuncia que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal para interromper a
aprovação da MP dos Portos pelo Congresso, pelos seus colegas parlamentares,
eleitos que foram pela soberania do povo. O senador tucano Aloysio, que foi
militante da esquerda armada, dobra-se aos interesses do establishment e tenta
repetir o que o juiz Gilmar Mendes fez, há alguns dias, em relação ao projeto
aprovado pelo Senado, que dispõe sobre a limitação da criação de partidos
políticos.
Gilmar Mendes, que para mim
é a pior de FHC – o Neoliberal I -, abriu uma crise enorme com o Congresso, que
apenas está a tratar de seu papel constitucional, que é o de legislar e aprovar
ou não, constitucionalmente e soberanamente, os projetos que são apresentados
para ser votados. Criar outra crise é a esperança da oposição, além de,
evidentemente, tentar reverter mais uma derrota no tapetão do Supremo. Trata-se
da busca constante da judicialização do processo político. A direita foi mais
uma vez derrotada. Os portos vão ser modernizados. O choro é livre! É isso aí.DAVIS SENA FILHO
Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
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