sábado, 26 de outubro de 2013

A Folha não tem a menor importância. Nem seus "novos" articulistas


Muita gente comentou preocupada, nesta semana, uma não notícia, essa de que a Folha estava "reforçando" seu time de articulistas com representantes da fina flor do fascio caboclo.

Ora, o jornal tem todo o direito de contratar quem quiser: afinal, não era ele que dizia que só tinha o rabo preso com os leitores?

Sendo assim, presume-se que os leitores da Folha gostem do besteirol com que tais escrevinhadores brindam seu público, onde quer que eles estejam.

Se isso não for verdadeiro, se os leitores do jornalão paulistano têm outros hábitos culturais que não suportam os preconceitos vomitados por tais personagens, que simplesmente deixem de ser leitores da Folha.

E vão alimentar esse mau hábito de ler sobre uma realidade brasileira imaginada por patrões e seus fiéis assalariados em outras publicações.

O Estadão, por exemplo, em fase terminal, está necessitando, urgentemente, de um público que se encante com as frases rebuscadas de seus editoriais de uma nota só.

O fato é que tanto Folha, como Estadão, O Globo ou Veja, ou qualquer outra dessas publicações não tem hoje a menor importância para o que se propõem, que não é fazer jornalismo, mas sim agir como partidos políticos de oposição ao governo trabalhista.

Quantos exemplares, reunidos, esses jornais e revistas imprimem?

Quantos eleitores tem o Brasil que nem sabem que eles existem?

Ah, há a internet.

Mas ela, felizmente, não é feita só de Folhas e que tais.

Ela, sim, é pluralista, é democrática, aceita a opinião de todos, é um caldeirão fervilhante de boas e más ideias, de pensamentos sacros e profanos, de ideologias cinzas e coloridas.

Para cada Folha e que tais, existem centenas de sites e blogs que não aceitam mais essa ditadura "informativa".

Folhas e que tais são como aqueles antigos jornaizinhos de grêmios estudantis, que circulavam apenas para satisfazer o ego de quem os fazia e eram lidos por meia dúzia de deslumbrados.

Folha e que tais viraram meros panfletos, um pouco mais sofisticados que esses que são distribuídos nos semáforos.

Terão sempre seu público, claro, mas cada vez mais insignificante.

Como são insignificantes esses escribas contratados para provocar na opinião pública polêmicas absolutamente falsas e inconsequentes.

Como a Folha, eles não têm mais nenhuma importância.

No Crônicas do Motta

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