Os urubus da economia têm fome de notícia ruim
24 de outubro de 2013 | 13:10
O desemprego no Brasil, segundo o IBGE, igualou, em setembro, a menor taxa já alcançada em toda a história para igual mês: 5,4%
O número é oficial e os jornais receberam os comentários do IBGE sobre a pesquisa com o mesmo gráfico que reproduzo aí do lado, onde o que salta aos olhos de qualquer um é a espetacular queda do desemprego em uma década.
Um variação de 0,1% em qualquer pesquisa é o que é, estatisticamente: nada.
Não é outra coisa o que diz a análise do próprio IBGE:
“A taxa de desocupação em setembro de 2013, foi estimada em 5,4% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas. Na comparação com agosto (5,3%), a taxa ficou estável. Frente a setembro do ano passado (5,4%), esse indicador também se manteve estável”
Mas uma variação de um, dois, três ou quatro por cento, sim, é muito significativa.
E foi isso o que aconteceu, na mesma pesquisa, com a apuração do rendimento médio (real, descontada a inflação) do trabalhador.
Subiu 1% em relação a agosto e 2,2% em relação a setembro de 2012.
Crescimento real, repito, considerada a inflação.
Está aí ao lado o gráfico do IBGE.
Isso, uma boa notícia, não foi para nenhuma das manchetes, que colecionei na ilustração acima.
O Brasil, um país ainda pobre e carente, está cheio de más notícias.
Não é preciso “arranjar” desgraça.
Salvo para injetar na cabeça de quem só lê o título que as coisas vão mal, mal e piorando.
Bem, ao menos no nível do jornalismo de economia vão piorando mesmo.
Por: Fernando Brito
O número é oficial e os jornais receberam os comentários do IBGE sobre a pesquisa com o mesmo gráfico que reproduzo aí do lado, onde o que salta aos olhos de qualquer um é a espetacular queda do desemprego em uma década.
Um variação de 0,1% em qualquer pesquisa é o que é, estatisticamente: nada.
Não é outra coisa o que diz a análise do próprio IBGE:
“A taxa de desocupação em setembro de 2013, foi estimada em 5,4% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas. Na comparação com agosto (5,3%), a taxa ficou estável. Frente a setembro do ano passado (5,4%), esse indicador também se manteve estável”
Mas uma variação de um, dois, três ou quatro por cento, sim, é muito significativa.
E foi isso o que aconteceu, na mesma pesquisa, com a apuração do rendimento médio (real, descontada a inflação) do trabalhador.
Subiu 1% em relação a agosto e 2,2% em relação a setembro de 2012.
Crescimento real, repito, considerada a inflação.
Está aí ao lado o gráfico do IBGE.
Isso, uma boa notícia, não foi para nenhuma das manchetes, que colecionei na ilustração acima.
O Brasil, um país ainda pobre e carente, está cheio de más notícias.
Não é preciso “arranjar” desgraça.
Salvo para injetar na cabeça de quem só lê o título que as coisas vão mal, mal e piorando.
Bem, ao menos no nível do jornalismo de economia vão piorando mesmo.
Por: Fernando Brito
Do Blog TIJOLAÇO.
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