ATERRISSAGEM FORÇADA
Quando Aécio começou a fugir das perguntas dos jornalistas sobre o tema,
ficou claro para todo mundo que, obviamente, ele estava ganhando tempo:
não havia, porém, mais nenhuma dúvida de que ele usufruía do aeroporto
que construiu nas terras do tio, em Cláudio.
Nas últimas semana, a equipe de marqueteiros teve que fazer malabarismos
mis para tentar desvincular o tucano do escândalo, mas tudo foi em vão.
Prisioneiro do #AécioPorto, o candidato do PSDB foi obrigado a
escrever um artigo pífio e confuso na Folha de S.Paulo no qual,
finalmente, admite o que todo mundo já sabia: no aeroporto do titio, ele
sempre foi freguês.
Entre os argumentos usados no texto, um demonstra bem o nível de
desespero que permeou o sincericídio ao qual Aécio foi obrigado a
recorrer para não ser taxado de mentiroso no horário eleitoral:
“Cometi o erro de ver a obra com os olhos da comunidade local (sic) e não da forma como a sociedade a veria à distância (sic)”.
A "comunidade local" precisa pedir as chaves de um aeroporto público a Múcio Tolentino, tio de Aécio, se quiser usá-lo.
A "sociedade" somos nós, que, mesmo à distância, sabemos exatamente o que houve em Cláudio.
Cabe saber, agora, como é que esses voos eram feitos. Porque, se não
houve aviso às autoridades aeronáuticas sobre os planos de voos, eles
eram clandestinos.
Até lá, a candidatura de Aécio continuará em pane.
E poderá se espatifar, muito em breve, num morro da Mantiqueira.
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