agosto 2nd, 2014 by
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“Se
o Brasil fosse o que mostra a imprensa, estaríamos todos mortos de
fome. Essa é uma das evidências de que a imprensa hegemônica rompeu com o
jornalismo.” E se os governos petistas não fossem visivelmente
superiores, fossem apenas medianos já teriam sucumbido há tempos. Diante
de um quadro partidarizado da mídia monopolizada, visíveis em gráficos,
os governos petistas mostram como são eficentes: 182 informes negativos
para apenas 15 positivos quando a notícia trata de Dilma e mesmo com o
Índice dos Preços ao Consumidor com recorde histórico de queda os
noticiários em julho deram 97,6% de notícias negativas contra apenas
2,4% de notícias positivas.
Crise da água provocada pelo governo Alckmin nem pensar de anunciar.
Levantamento nos três jornais mais vendidos do Brasil, de 28/8 a 27/9/2010. Realizado pelo Brasil de Fato, estudo concluiu que: das 90 capas publicadas, 61 eram negativas para candidatura presidencial do PT, enquanto apenas 3 eram positivas.
Eleições de 2014 nada mudou, ou melhor, piorou: Última atualização: 02/08/2014 às 14:50. Fonte: Manchetômetro
O ‘manchetômetro’ e a imprensa partidáriaTags: manchetômetro · mídia partidarizada · mídia tucana
Por Luciano Martins Costa, na edição 809, programa radiofônico do Observatório
1/8/2014
Folha de S. Paulo acaba de descobrir que o racionamento de água que ocorre em São Paulo é racionamento mesmo, e não efeito colateral de obras de manutenção da rede. Essa constatação faz a manchete do jornal na sexta-feira (1/8): “Ação de SP na crise da água equivale a racionamento”.No texto que se segue, o leitor fica sabendo que o racionamento que sofre na prática há um mês também é racionamento na teoria. O diário paulista só percebeu que o racionamento de fato é também um racionamento em termos técnicos quando alguns bares da Vila Madalena, região da boemia frequentada por jornalistas, tiveram que fechar por falta de água.A nova interpretação da Folha para a crise de abastecimento chama atenção porque acontece ao mesmo tempo em que o jornal anuncia uma campanha para esclarecer aos leitores seu posicionamento diante de alguns temas tidos como importantes: casamento gay, pena de morte, cotas raciais, política econômica, aborto e legalização de drogas. A direção do jornal quer mostrar que, embora tenha posições claras sobre os assuntos, abre espaço para opiniões divergentes.Essa mudança responde em parte a especulações feitas por protagonistas das redes sociais sobre a persistência da Folha de S. Paulo em pressionar o senador Aécio Neves (PSDB), candidato a presidente da República, a dar uma explicação para o caso do aeroporto privado feito em Minas Gerais com dinheiro público quando ele era governador do Estado.Foi a Folha que revelou essa história, obrigando os outros jornais a seguirem a pauta, e o veículo que mais mantém o assunto em evidência. Com a insistência do jornal paulista, Aécio Neves finalmente admitiu que usou o aeroporto “algumas vezes” e, na quarta-feira (30/7), acusa a Agência Nacional de Aviação Civil de atrasar a homologação do campo de pouso, o que pode ter feito com que ele, “inadvertidamente”, usasse as instalações irregulares.No mesmo dia, em editorial, a Folha exige mais explicações, acusa o ex-governador de haver privilegiado a cidade onde sua família possui terras, observa que a obra “no mínimo, é conveniente para ele e seus parentes” e conclui que a questão “não está mais que esclarecida”, como quis Aécio.O Brasil da imprensa vai malAlguns leitores escrevem comentários dizendo que o jornal paulista se descola de seus concorrentes, que poupam quanto podem o candidato tucano. No entanto, é mais fácil explicar a aparente guinada da Folha em dois aspectos: o jornal sempre foi muito próximo do ex-governador José Serra, que, embora correligionário, não tem qualquer entusiasmo pela candidatura de Aécio Neves; a Folha, como os outros diários de circulação nacional, segue demonstrando seu partidarismo em favor do PSDB em outros aspectos, principalmente no que se refere aos problemas de São Paulo.Se não fosse pela simples observação crítica que o leitor mais atento costuma fazer, o partidarismo dos principais diários do País vem sendo registrado por um grupo de pesquisadores da UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Suas análises da valência das informações destacadas pela imprensa mostram uma dicotomia presente nas escolhas editoriais, que reforçam aspectos negativos ou positivos dos acontecimentos conforme os protagonistas.O Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP) da UERJ demonstra, com seu “manchetômetro” (ver aqui), como os jornais blindaram Fernando Henrique Cardoso e expuseram Lula da Silva no passado recente, como tratam desigualmente o governo federal e o governo paulista, como as notícias sobre Aécio Neves são mais equilibradas do que o material referente à presidente Dilma Rousseff, bombardeada na proporção de 182 informes negativos para apenas 15 positivos, por exemplo, e como esse bombardeio se intensifica no período eleitoral.Além disso, o noticiário econômico apresenta um resultado consolidado de mais de 90% de notícias negativas, numa linguagem dicotômica e com poucas nuances, “interpretando os fatos e dados econômicos como sinais de uma crise, ou em andamento, ou prestes a acontecer”.Os gráficos da cobertura agregada dos três jornais, por exemplo, mostram que a economia teve em julho 97,6% de notícias negativas contra apenas 2,4% de notícias positivas.Se o Brasil fosse o que mostra a imprensa, estaríamos todos mortos de fome.Essa é uma das evidências de que a imprensa hegemônica rompeu com o jornalismo.
Do Maria Frô.
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