quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Aécioporto se esborracha na pista do jn

jn simula imparcialidade e tira o chão do menino do Rio.



Para simular imparcialidade, para se vestir de “republicanismo”, como diz o Aécioporto, o jn fez perguntas óbvias, na cabeça de qualquer repórter medianamente sério, mas, no caso do jn, perguntas implacáveis ao candidato da Big House.
E foi um desastre ferroviário, como diria o Mino Carta, que nunca acessou sua biografia na Wikipédia…
Vamos começar pela “linguagem do corpo”.
Aécioporto trajava aquela barba das 5 horas, que destruiu o Richard Nixon, contra o Kennedy, no primeiro dos debates presidenciais dos Estados Unidos.
Como se sabe, cavalheiros fazem barba duas vezes por dia…
Aécioporto cometeu a indelicadeza de ignorar os entrevistadores e responder direto à câmera — e não para eles.
(Antigamente, na Globo, os entrevistados eram instruídos a olhar para a câmera quando respondiam. Depois, Armando Nogueira se convenceu de que isso era uma grosseria com seus repórteres e suspendeu a recomendação. O espectador percebe que o entrevistado ignora a presença dos entrevistadores e acha isso indelicado.)
O rapaz gagueja. Imperdoável.
E podia cortar o cabelo, para mostrar, de novo, respeito ao espectador.
Ele não está no Leblon, numa noite de sexta-feira, mas em campanha à Presidência.
Agora, o conteúdo.
Um desastre ainda maior.
O mais grave: não se arrepender, e tentar justificar o aeroporto do Titio, e os pousos para usufruir das delícias de sua Versailles (o que demonstra que ele não faz a menor ideia do que seja kitchnete e banheiro que Luis XIV construiu em seu sítio …)
O resto, como diria seu admirador e chefe de campanha, o Padim Pade Cerra, foi trololó.
Não se aproveitam nem as vírgulas.
Ele não tem o que dizer.
Não oferece uma única razão para se votar nele.
Muito bom foi dizer que a diferença entre o mensalão (que não se provou, até hoje) atribuído ao PT e o mensalão tucano (o pai de todos os mensalões) é que no caso do PT houve condenações.
(Clique aqui para ver a extravagante explicação da Urubóloga sobre o papel “lateral” de Daniel Dantas no mensalão.)
E as “medidas impopulares”, que ele prometeu na casa do João Dória, aquele que apresenta ricos a candidatos e candidatos a ricos?
Ele diz que vai tomar as medidas necessárias.
Que bom!
Imagine se tomasse as “desnecessárias”…
E que haverá “previsibilidade” na fixação de tarifas de energia e gasolina.
Assim como havia no Governo de seu padrinho, o Farol de Alexandria, que suspendeu o aumento da gasolina porque o Cerra mandou.
“Previsibilidade”, “transparência” querem dizer qualquer coisa — mas os ricos entendem: eu vou saber antes!
Especialmente os juros do Banco Central!
No tempo do Armínio NauFraga, ministro da Fazenda do Aécioporto, os banqueiros eram convidados a ir ao Banco Central conversar sobre a próxima taxa de juros — assim eu também quero, não é isso, amigo navegante ?
Até o Globo Overseas, na versão impressa, que é mais realista que o rei (a Globo), se viu constrangido e escondeu, na primeira página, que o seu candidato se esborrachou na pista de Claudio.
Faltam 8 dias para a Globo destruir a Dilma.
Depois, começa o horário eleitoral gratuito que o Ataulfo Merval acha tão desimportante que deveria sugerir ao Aécio abrir mão do seu para não prejudicar a novela das oito.
O Aecioporto vai ter menos votos que o Padim Pade Cerra em 2010.
O Dudu, que será entrevistado” nessa terça-feira, terá menos votos que a Bláblárina.
Os dois serão trucidados por si próprios — nos debates e na campanha.
Porque não tem nada a declarar.
E a Dilma vai ganhar no primeiro turno, como dizem o Datafalha e o Globope: 40, contra 20 e 8.
(Embora o Fernando Brito esteja convencido de que o Dudu terá uns 5, se tanto.)
Aí, o Ataulfo rasga o fardão!

Paulo Henrique Amorim
No CAf


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