segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Execução do jornalista norte-americano: Uma encenação hollywoodiana

23/08/2014
EUA_Execucao_Jornalista
Via Octopus
Um vídeo divulgado na terça-feira, dia 19, na internet, onde se vê um jornalista freelancer norte-americano a ser decapitado, está chocando a América e o mundo. A execução foi reivindicada pelo Estado Islâmico (ex-Estado Islâmico do Iraque e do Levante) e registada em vídeo.
Na gravação, James Foley faz uma curta declaração, na qual condena as ações dos Estados Unidos no Iraque e acusa o governo de Washington de ser o responsável por sua morte.
O vídeo, com elevada qualidade de imagem e som, apresenta um jihadista todo vestido de preto e James Foley vestido cor de laranja vivo (curiosamente as cores dos detidos em Guantânamo) com o deserto ao fundo. Mais parece um filme ao estilo de “Lawrence da Arábia”, e de facto poderá sê-lo.
Vários pormenores não batem certo:
– Pelos planos apresentados, existem duas câmaras filmando a cena, o que não deixa de ser curioso.
– As imagens são bem enquadradas, filmadas em HD, com cores e luzes perfeitas.
– O som é perfeito e claro, de alta-fidelidade.
– O jornalista tem, inesperadamente, colocado um microfone de lapela.
– O jornalista que sabe que irá ser executado fala com uma voz calma e clara (como se recitasse um texto decorado) de cabeça levantada, o que não é habitual neste tipo de situação.
– O executante exibe um punhal que para decapitação não passa de uma faca de cozinha. Para decapitar alguém necessita-se de um sabre ou catana, dado a dificuldade em quebrar as vértebras cervicais.
– Esse punhal possui um cordão, que pode ser colocado em volta do punho, que no momento da execução não existe.
– As execuções habitualmente são feitas no local de detenção e não no meio do deserto.
– O executante tem curiosamente um sotaque britânico.
– Habitualmente, os executantes são mais do que um.
– Habitualmente, o executado (neste contexto) é colocado no chão, dado que com este pequeno punhal é muito difícil decapitar alguém de pé ou ajoelhado.
– Ao se cortar o pescoço de uma pessoa pela frente, imediatamente começa a jorrar sangue pelas lesões das carótidas.
– Os vários vídeos de decapitações praticados pelos jihadistas são apresentados sem cortes. Neste, quando começa a decapitação, existem alguns segundos de interrupção (fundo negro, sem imagens). Se o objetivo dos jihadistas era de chocar, por que interromper as imagens? Não querem ferir a susceptibilidade das pessoas mais sensíveis?
– Depois da decapitação, existe uma pequena poça de sangue junto do pescoço (demasiada pequena). No entanto, a cabeça está ensanguentada e não existe qualquer rasto de sangue na túnica do executado.

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