Para os que consideram consolidado o crescimento e a posição já certa
no 2º turno da candidata ao Planalto pelo PSB, ex-senadora Marina Silva —
nós contestamos essa certeza semana passada —, funciona como uma ducha
de água fria duas reportagens publicadas nestes dias pela Folha de
S.Paulo. Resultado de levantamento próprio do jornal, as duas
reportagens mostram que Marina perdeu apoios costurados por Eduardo
Campos em pelo menos metade dos Estados (em 14 dos 27 Estados) e que O
PSB tem chances reais de vencer em seis Estados.
Não tem essas chances em todos os Estados relacionados pela Folha e o
fato dela ter perdido apoio em 14 Estados liquidando os acordos feitos
por Eduardo Campos tornam sua posição vulnerável. Um dado a conferir,
ainda antes do 7 de setembro, como dissemos em nota anterior semana
passada, o que talvez não seja perceptível já nas duas pesquisas que
saem esta semana, a do Ibope amanhã e a do Datafolha na próxima 6ª
feira.
Em uma das reportagens, sobre o fato de Marina rejeitar subir em metade
dos Estados em palanques acertados por Eduardo Campos por rejeitar os
acordos feitos por ele e para manter sua posição que era contraria aos
acertos, isso só enfraquece a sua candidatura. Em 14 Estados ela não
terá os candidatos a governador, senador, deputado estadual e federal
fazendo a sua campanha.
Folha erra ao apontar Estados em que o PSB vencerá
Na outra reportagem a Folha diz que o PSB tem chances reais de vencer
em Amapá, Roraima, Paraíba, Pernambuco e Espírito Santo, e em Brasília
(Distrito Federal). Mas, a Folha se esqueceu de informar que em todos
esses Estados os candidatos a governador pelo PSB estão em 2º lugar nas
pesquisas, ou pior, em 3º. E se esqueceu de informar, também, de
lembrar que o PSB governava o Ceará e o Piauí, Estados em que não
vencerá em outubro.
Se vocês analisarem com isenção, objetivamente, constatarão, como nós,
que na realidade o PSB corre o risco de sofrer uma senhora derrota
eleitoral, ao contrário do que afirma a Folha.
Marina foi contra a aliança do PSB com os tucanos em São Paulo e mesmo
agora, em sua condição de candidata à Presidência da República tendo
assumido a cabeça da chapa no lugar de Eduardo Campos, ela se recusa a
apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Já avisou,
como também em relação aos outros 13 Estados, que não subirá no
palanque dos tucanos paulistas.
São Estados em que as alianças foram fechadas contra a sua vontade.
Neles ela defendia candidaturas próprias ou os candidatos majoritários
tem posições políticas completamente diversas às da ex-senadora. Dentre
outros Estados que romperam com Marina — alguns de grande peso
eleitoral — e que ela não terá o PSB em sua campanha estão Minas Gerais,
Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro.
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