Teresa Cruvinal - 28/11/2014
Este é o segundo ponto de tensão na relação entre ela e o partido.
Até agora não houve conversa alguma sobre os demais ministérios. Dilma
já convidou Katia Abreu, do PMDB, para Agricultura, sem ouvir o próprio
partido dela. Reconheceu a gafe e prometeu mais quatro ministérios ao
PMDB, afora a manutenção de Moreira Franco na SAC. Seriam eles Henrique
Alves, Eliseu Padilha, Eduardo Braga e Eunício Oliveira. E como Dilma
ainda tem que acomodar o PP, o PROS, o PROS e o PC do B, o PT receia
perder espaços. O Gabinete Civil e a Secretaria-Geral da Presidência têm
titulares petistas mas estas são pastas tidas como da cota pessoal da
presidente, por integrarem a estrutura da própria Presidência. As outras
são Educação, Saúde, Desenvolvimento Social, Reforma Agrária, Justiça,
Direitos Humanos, Relações Institucionais, Comunicações e Igualdade
Racial.
Outro ponto importante na relação entre Dilma e o PT é a reforma política, que o partido transformou em bandeira a partir das manifestações de 2013 e do segundo grande escândalo de corrupção, o da Petrobrás, relacionado, como o do mensalão, aofinanciamento da
política. O PT defende um plebiscito sobre a reforma política, o voto em
lista e o fim do financiamento privado de campanhas.
Dilma, na campanha, defendeu a proposta mas depois não voltou ao assunto. No mundo da política todo mundo sabe. Reforma política é assunto que se enfrenta no início do governo, ou então não se fala mais nisso, porque não vai sair. Ele também deve entrar na pauta da reunião de Fortaleza.
A
presidente Dilma começa, pelo PT, a fazer agora seu ajuste na política.
Depois das críticas de setores do partido e de sua militância à escolha
dos ministros da área econômica, ela participa hoje, em Fortaleza, da
primeira parte da reunião do Diretório Nacional do PT. As dúvidas sobre
sua foram dirimidas com a inclusão do evento em sua agenda oficial de
hoje. No encontro, ela deve defender as escolhas de Joaquim Levy, Nelson
Barbosa e Alexandre Tombini, assegurando que o ajuste fiscal será
gradual e que a meta de superávit primário anunciada nesta quinta-feira –
1,2% do PIB para 2015 e de 3% para os anos seguintes – não trará
recessão, terá foco no crescimento econômico e preservará as políticas
sociais.
Outro ponto importante na relação entre Dilma e o PT é a reforma política, que o partido transformou em bandeira a partir das manifestações de 2013 e do segundo grande escândalo de corrupção, o da Petrobrás, relacionado, como o do mensalão, ao
Dilma, na campanha, defendeu a proposta mas depois não voltou ao assunto. No mundo da política todo mundo sabe. Reforma política é assunto que se enfrenta no início do governo, ou então não se fala mais nisso, porque não vai sair. Ele também deve entrar na pauta da reunião de Fortaleza.
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