domingo, 23 de novembro de 2014

FHC, o engavetador da corrupção


23/11/2014
Roberto_Marinho10_FHC
Emanoel Messias no Facebook
Vamos pôr os pingos nos “is”: um presidente pode montar uma rede de proteção intransponível para impedir qualquer tipo de investigação sobre seu governo, sobretudo se contar com o beneplácito da mídia.
Neste ponto, cedo o palco à maior autoridade brasileira em engavetamento de escândalos, o professor Fernando Henrique Cardoso. Ele foi o criador do modus operandi que todos os governos tucanos aplicaram a partir de sua gestão temerária. A partir daqui, ele explicará, em curso relâmpago, como presidentes podem liberar a roubalheira em seus governos.
Para um governo não ser investigado por nada, há que tomar alguns cuidados iniciais. Quem pretende roubar ou deixar roubar tem que criar um ambiente em que investigações sejam abortadas no nascedouro.
Abaixo, os três mandamentos do governante improbo tupiniquim.
1) Estabeleça relações íntimas com donos de grandes meios de comunicação. Almoce com eles, peça opinião deles, vá às festas deles e aceite imposições.
2) Aparelhe a Procuradoria Geral da República. Coloque um aliado no cargo. Só o PGR pode processar o presidente da República, ministros e Parlamentares. Se o PGR for “seu”, meio caminho estará andado.
3) Aparelhe a Polícia Federal. Como na PGR, coloque um aliado no cargo de Diretor Geral da PF. Esse cargo permitirá que o presidente da República encerre ou impeça investigações, transfira delegados “independentes” etc.
Essa fórmula também funciona para governos estaduais. Só há que trocar a PF pelas polícias civil e militar e a PGR pela Procuradoria Geral do Estado.
O “mestre” FHC seguiu esse roteiro. Ao assumir a presidência da República, em 1995, a primeira previdência – não é providência, é previdência mesmo – foi nomear procurador-geral da República um primo do vice-presidente, Marco Maciel. Brindeiro foi nomeado por FHC em 28 de junho de 1995 e só deixou o cargo quando o sucessor do tucano, Lula, assumiu a Presidência pela primeira vez, em 2003.

Nenhum comentário: