poços10 - 17/11/2014
A frase atribuída ao nazista Joseph Goebbels
— uma mentira repetida mil vezes se transforma em verdade — tem sido a
resposta preferida do candidato Aécio Neves e sua equipe diante de
críticas. O problema é quando a verdade, repetida mil vezes, continua
sendo verdade, sem contraponto ou contraditório capaz de desmenti-la.
Um rápido resumo sobre Goebbels
Paul Joseph Goebbels
(Rheydt, 29 de Outubro de 1897 – Berlim, 1 de Maio de 1945) foi um
político alemão e Ministro da Propaganda do Reich na Alemanha Nazi de
1933 a 1945. Um dos principais
associados, e grande seguidor, de Adolf Hitler, ficou conhecido pelos
seus discursos públicos e pelo seu profundo e violento anti-semitismo,
que o levaram a apoiar o extermínio dos judeus e a ser um dos mentores
da Solução Final. Em 1928, já era um dos mais destacados membros do
Partido Nazi.
continuando …
O candidato tucano construiu
uma pista de pouso em propriedade familiar. A chave da mordomia ficava
na mão de parentes, os quais, aliás, ele empregou aos montes. Tudo documentado. Nenhum estudo, mesmo fabricado às pressas, provou a necessidade da obra. Isso não é uma questão íntima. É dinheiro público queimado para fins pessoais.
Existe uma ação em curso, por improbidade administrativa. É um fato,
não depoimento selecionado de delação desesperada, desculpe, premiada.
O governo de Minas destinou uma gorda fatia de publicidade para empresas de telecomunicações dos Neves. Nem o candidato nega. É
deselegante perguntar como o rapaz lida quando se encontram o público e
o privado? Cabe aos brasileiros descobrir o montante, pois envolve
gente disputando a Presidência. “Não registramos quanto foi gasto”,
respondem o tucano e seu staff.
Documentos do Tribunal de Contas de Minas Gerais apontavam suspeitas de irregularidades no governo do atual senador. A capivara foi citada durante um dos debates. Horas depois, a papelada desapareceu do site oficial do tribunal, uma instância pública (!). Tomou Doril. Sumiu. E nada se faz a respeito.
O drible no bafômetro e outros momentos pouco edificantes da rotina noturna do senador estão fartamente documentados na internet e imprensa escrita. Não são montagem, assim como não é falso o stand-up daquele artista de fim de noite que relacionou Maradona e Aécio quanto ao consumo de drogas. Hoje o mesmo personagem posa de aecista desde criancinha. Mas nunca desmentiu a performance.
Balela a história de que trazer a público tudo isso é baixaria etc, etc. Isso é falta de argumento de quem não tem resposta.
Pense bem: quantas vezes já não
deparamos com indivíduos brilhantes (o que não é propriamente o caso…),
mas com uma trajetória errática, que seríamos incapazes de indicar para
uma função, mesmo menor, numa empresa? Não há nisso preconceito nenhum;
somente o desejo de saber qual é a pessoa certa para o lugar certo.
“Ah, mas e os programas, as propostas?”,
indagam os puritanos habituais. Bem, todos conhecem o que pensam tanto
Dilma quanto Aécio e seu braço direito, Armínio Fraga.
A primeira pelo que ela e seu partido
fizeram nos últimos tempos no Planalto. Aécio, pelo que ele e sua equipe
revelam em entrevistas e jantares. Coisas como corte de gastos sociais,
esvaziamento de bancos públicos, encolhimento de salários, facão nas
empresas, tarifaço, mudança nas leis trabalhistas e por aí vai. As tais
medidas impopulares. Para ele, sem isto o Brasil vai piorar. Acredite
quem quiser.
Supostas regras de etiqueta surgem para esconder o essencial. Cortina de fumaça. Estão em jogo
a vida e o futuro de milhões de pessoas. Elas têm todo o direito de
conhecer quem pretende ocupar o cargo mais alto da República.
Mais do que nunca, o primeiro
turno das eleições mostrou que a palavra final é do eleitor, não de
pesquisados. Da mesma forma que é patética a tática de carimbar como
mentiras verdades inapagáveis, registradas em vídeo, áudio e folhas de papel.
*** antes que a Folha apague a matéria, segue abaixo um print da tela ***
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