Em vez de "Yes, we can" ("Sim, nós
podemos"), os tucanos deveriam adotar como lema "Yes, we care" ("Sim,
nós nos preocupamos"). "O que falta é carinho, é atenção", disse o
ex-presidente ao justificar sua proposta: "Temos de ser o partido que se
preocupa com as pessoas, com seu bem estar".
O texto acima não é uma piada,
foi dito por FHC na reunião do partido sem rumo, o PSDB. FHC e seu
partido, o PSDB, se preocuparam com as pessoas quando foram governo?
Quem não se lembra de que ele chamou os aposentados de "vagabundos"?
Quem não se recorda do desemprego recorde, de que no seu governo 54
milhões de brasileiros viviam abaixo da linha da pobreza? Quem não se
lembra do apagão, que causou imenso prejuízo às pessoas e ao país, por
pura negligência do governo demotucano? Quem não se recorda do mísero
salário mínimo pago por FHC, e dos imensos empréstimos do FMI? Quem não
lembra do sucateamento da indústria naval, do afundamento da P36, do
descaso proposital com a Petrobras, para privatizá-la? Quem não se
recorda das filas intermináveis do SUS, do INSS, da demora para
conseguir os benefícios? Quem não se lembra do crescimento pífio do país
na era FHC, dos juros estratosféricos, da falta de crédito? Quem não se
recorda da epidemia de dengue que assolou o país na era FHC/Serra?
Quem não se lembra das privatizações escusas da Vale, da telefonia, da
Embraer e de outras empresas brasileiras, deixando um saldo de mais de
560 mil desempregados? Onde foi parar o dinheiro das privatizações
ninguém sabe, ninguém viu. O FHC, na maior cara de pau, falando a um
partido sem rumo e sem prumo, ainda quer imitar o Obama, presidente
dos EUA, que usou o slogan Yes, we can na sua campanha, trocando para
"Yes, we care". É muita falsidade sugerir que eles se preocupam com as
pessoas, com o bem estar das pessoas, se o seu partido, o PSDB, junto
com o DEM e o PPS, entrou com recurso no STF contra o reajuste do
salário mínimo, contra o PROUNI. Chamam o Bolsa Família, o maior
programa de transferência de renda do mundo, de "bolsa esmola". FHC se
esqueceu de que no seu governo conversas gravadas de forma ilegal
durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES, flagraram
Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André
Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ
para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos
donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara
Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para
pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. FHC se
esqueceu também de que o instituto da reeleição foi comprado a um
preço estratosférico. Gravações revelaram que os deputados Ronivon
Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a
favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram
aos mandatos. Tudo devidamente jogado na gaveta do engavetador-geral da
República, Geraldo Brindeiro. O PSDB está muito preocupado, mas não é
com país e muito menos com o povo brasileiro, é com a volta deles ao
poder. O poder lhes interessa muito, mas o usariam para destruir o
Brasil, como fizeram quando estavam no poder.
Jussara Seixas
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