Mentiras e falsificações
A crise, o IDH e o Bolsa Família Mundial
Cena cada vez mais comum nos EUA |
Vale
qualquer mentira para desmerecer o Brasil e seu Governo. A ONU
divulgou uma estatística de Índice de Desenvolvimento Humano, na qual o
Brasil subia só um ponto nesse quesito. Bastou isso para que a mídia
rentista fizesse um estardalhaço em cima dos números modestos. Só faltou
esclarecer um detalhe: esse estudo é baseado em números do ano de
2004!! Para conferir, é só ler o pdf no site da própria ONU. Nossos jornalistas demotucanos são distraídos, não é mesmo?
Esse desmascaramento da mentira devemos ao site tijolaco.com. O mesmo site indica o site da revista The Economist
para que o internauta possa ver as estatísticas baseadas no ano de
2008, muito melhores. E, com certeza, os índices atuais estão ainda
melhores.
Enquanto
isso, na Europa e nos EUA, o IDH vai caindo com o aprofundamento da
crise. Desemprego, miséria e recessão crescem. Nos EUA, já são mais de
46 milhões de cidadãos abaixo da linha da pobreza. Eles dependem do
Bolsa-Família deles (três refeições grátis por dia) para não passarem
fome.
O
Primeiro-Ministro grego, Papandreu, teve um lampejo de energia e
propôs que a Grécia realizasse um plebiscito para que o povo grego
pudesse decidir seus destinos num momento tão grave como este. Mas, foi
só um lampejo. Papandreu voltou rapidamente a sua pusilanimidade e
subserviência, cancelando o plebiscito. Os banqueiros e o FMI ficaram
aliviados. Pesquisas indicavam que mais de 60% dos gregos são contra a
submissão do país ao deus-mercado e a suas imposições, as quais resultam
em destruição de empregos.
Ou
seja, o capitalismo é contrário à democracia. Já sabíamos disso desde a
época em que Henry Kissinger, então Secretário de Estado dos EUA,
disse claramente que os EUA não iriam ficar sentados vendo os povos da
América do Sul eleger "comunistas" como Salvador Allende. E, de fato, os
EUA não ficaram sentados: implantaram em todo o Continente ditaduras
sanguinárias e subservientes ao Tio Sam.
Nos
EUA, o movimento Occupy Wall Street, que identifica, com lucidez, os
banqueiros como o inimigo central, está sendo violentamente reprimido
pela polícia nas mais de 1200 cidades em que floresceu. Inicialmente, a
impressão era a de que a polícia iria aguardar a chegada do inverno
para ver se o frio rigoroso arrefeceria o entusiasmo dos jovens em
manter os acampamentos. Mas parece que as forças de repressão
perceberam que o movimento não iria se dispersar no inverno, tal a
firmeza de vontade que todos mantêm.
Essa
repressão pode ter dois resultados: ou o movimento se dispersa, ou ele
se aprofunda. Por exemplo, a atitude do OWS de dizer que "não temos
líderes, somos todos representantes" não pode mais ser mantida. É
preciso organização interna e coesão. É preciso eleger líderes, sim. Não
há nada de errado nisso, desde que as decisões sejam democráticas.
Estamos
caminhando para um processo de desintegração do tecido social. Na
Europa ou nos EUA, quanto mais miséria, quanto mais desesperança, mais
as pessoas começam a ter atitudes de quem não tem nada a perder.
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