Do Brasil 247 - 1 DE MAIO DE 2013 ÀS 05:33
Depois de ser
resgatado do isolamento por um grupo de senadores liderado por Pedro
Taques (PDT/MT), que sugeriu o enquadramento do Poder Legislativo pelo
Judiciário, Gilmar Mendes atribuiu a crise institucional criada por ele
próprio a uma vingança dos condenados no chamado mensalão; "estamos
convencidos de que temos de encerrar o capítulo mensalão o mais rápido
possível", disse o ministro
247 - Até
a tarde desta terça-feira, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal, estava isolado politicamente. Para favorecer o projeto
político da oposição no processo eleitoral de 2014, concedeu uma
liminar impedindo a tramitação de uma lei no Congresso Nacional,
aprovada na Câmara, que versa sobre a fidelidade partidária. Foi
repreendido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), e até
mesmo pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), que
não se destaca propriamente pela firmeza. Ainda assim, Alves informou
hoje ao STF que a lei aprovada na Câmara seguiu todos os preceitos
regimentais e constitucionais.
Gilmar tem plena consciência, portanto, de que a crise criada por ele, que tem motivações puramente eleitorais, não possui qualquer conexão com o julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão.Mas
como necessita, desesperadamente, de uma justificativa para a atitude
insana que tomou, buscou amparo no julgamento. E hoje, ao ser resgatado
do isolamento por um grupo de setores liderados por Pedro Taques
(PDT/MT), atribuiu a uma suposta vingança dos réus condenados na AP 470 a
crise institucional que ele próprio – e mais ninguém – criou.
Aos senadores,
Gilmar afirmou: "Estamos convencidos de que temos de encerrar o capítulo
mensalão o mais rápido possível". Mesmo que todos sejam presos sem
direito a embargos, a invasão do Judiciário ao Legislativo continuará
existindo. E a crise não será encerrada enquanto o plenário do STF não
tiver a sensatez de corrigir o erro de um ministro.
Leia, abaixo, relato do encontro publicado na coluna Radar:
Discurso afinado
Gilmar Mendes fez
ao coro aos senadores que apontam a tramitação das PECs 33 e 37 como
retaliação do Congresso ao STF e ao Ministério Público. Claro, sabe-se
que não falta parlamentar entalado com a condenação dos mensaleiros.
A PEC 33 submete as decisões da Corte ao poder Legislativo e a outra restringe a capacidade de investigação do MP.
Na
reunião com dez parlamentares, hoje de tarde, Gilmar Mendes deixou
claro que a crise institucional entre Judiciário e Legislativo mostrou
aos ministros a necessidade de se concluir urgentemente a última etapa
do julgamento.
Sintetizou Mendes:
- Estamos convencidos de que temos de encerrar o capítulo mensalão o mais rápido possível.
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PITACO DO ContrapontoPIG
Gilmar quer fazer como os gatos: enterrar rapidamente a cagada que o STF deu no julgamento do mensalão.
Por falar em STF, cadê o Joaquim? Estará fiscalizando as obras de remodelação do seu "modesto" banheiro?
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