Pouco mais de uma
hora e meia depois, o governo conseguiu derrubar a emenda aglutinativa
apresentada pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ). Ela
propunha, entre outras coisas, a possibilidade de os contratos de
arrendamento firmados com base na atual Lei dos Portos serem prorrogados
pelo prazo máximo previsto em contrato, uma única vez, condicionado à
realização de investimentos.
Esse era o ponto de
maior divergência entre os partidos da base aliada ao governo quanto a
mudanças pretendidas no texto. A emenda apresentada por Cunha
foi apelidada pelo deputado Anthony Garotinho de "MP dos Porcos".
"Gol de placa"
O líder do PT,
deputado José Guimarães (CE), classificou a aprovação de "gol de placa".
Ele disse que a votação foi possível depois que o governo conseguiu
fechar um acordo de procedimentos com o PMDB e com o PP. O deputado
espera que o Plenário conclua a votação dos destaques até 23h45, prazo
máximo para que a proposta seja lida ainda hoje pelo Senado.
Guimarães destacou
que vários partidos já retiraram destaques, o que pode facilitar a
votação na Câmara. O deputado reconheceu que houve uma mudança no
"estado de espírito" do Plenário. Ele tinha declarado, no meio da tarde,
que estava "desanimado" com o andamento da MP, mas agora está
confiante. "Houve muito diálogo e prevaleceu o bom senso", declarou.
O Senado prorrogou,
por volta das 19 horas, a sessão deliberativa desta terça-feira por
mais cinco horas, para aguardar a votação da MP dos Portos na Câmara. Só
assim a matéria poderá ser lida pela Mesa do Senado em Plenário ainda
nesta terça. Dessa forma, a MP poderá ser votada pelos senadores até
quinta-feira, quando a MP perde a validade.
Com Agência Câmara Notícias
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