Nassif: Sem Serra, Marina é a única candidata paulista…
26 de agosto de 2013 | 15:10
Muito interessante o artigo que publica hoje o Luís Nassif, que entende muito mais da pauliceia do que este carioca empedernido aqui.
Depois de registrar que a entrevista de FHC defenestrando José Serra é apenas um sinal dado ao capital e à mídia para que o abandonem – ele sai-se com uma definição que, apesar de parecer insólita – afinal, Marina Silva é acreana – é cheia de fundamento lógico.
E a primeira destas exigências é que se torne, rapidamente, um candidato viável eleitoralmente.
E isso, queiram ou não Aécio, Fernando Henrique, o empresariado paulista e a mídia, depende da atitude de José Serra.
Que, a esta hora, rumina o que fazer. No twitter, falou sobre a morte do goleiro Gylmar e seu mais indomável áulico, Reinaldo Azevedo, limitou-se a um gemido triste, no sábado, dizendo que o PSDB repete os velhos erros de sempre e continua imbatível na arte de vencer o… PSDB!
Serra aceitará a desclassificação humilhante e desaparecerá no silêncio?
Ou vai lançar-se numa candidatura pelo minúsculo – em todos os sentidos – partido de Roberto Freire?
Faça isso ou não, dificilmente deixará de reagir à humilhação que lhe faz o ex-amigo FHC.
Serra sabe que tem cacife, senão para vencer, para derrotar Aécio, por tirar-lhe uma fatia importante de São Paulo. E, de quebra, tirar-lhe em outros estados, pela necessidade que criará ao mineiro de pendurar Fernando Henrique no pescoço.
Há um mês, o Tijolaço afirmou que Serra está disposto a morrer, mas matará antes.
E aí, de fato, Nassif está certo de afirmar que Marina será mesmo a candidata paulista.
Como o alagoano Fernando Collor o foi em 89.
Porque à direita importa menos quem está no poder do que quem não pode estar lá.
Por: Fernando Brito
Depois de registrar que a entrevista de FHC defenestrando José Serra é apenas um sinal dado ao capital e à mídia para que o abandonem – ele sai-se com uma definição que, apesar de parecer insólita – afinal, Marina Silva é acreana – é cheia de fundamento lógico.
Dos três pré-candidatos à presidência – Marina, Aécio e Campos -, Marina é a única candidatura paulista.
No jogo político, Marina é apenas o
símbolo, com uma imagem bem concatenada com os novos tempos – de
militância digital, dos símbolos ligados à natureza etc. Mas quem pensa
por ela são grandes empresários, respeitados em seus negócios,
refratários aos órgãos de classe e com posição crítica em relação ao
Estado. Surgiram na militância em fins dos anos 80, através do PNBE
(Pensamento Nacional das Bases Empresariais), contra o burocratismo da
FIESP. Alguns deles tornaram-se grandes empresários, mas mantiveram a
resistência aos órgãos de classe.
São Paulo – não os paulistas, claro, mas o poder econômico – vai
exigir de Aécio Neves muito mais do que este aval de Fernando Henrique
ou visitas à festas do peão de boiadeiro.E a primeira destas exigências é que se torne, rapidamente, um candidato viável eleitoralmente.
E isso, queiram ou não Aécio, Fernando Henrique, o empresariado paulista e a mídia, depende da atitude de José Serra.
Que, a esta hora, rumina o que fazer. No twitter, falou sobre a morte do goleiro Gylmar e seu mais indomável áulico, Reinaldo Azevedo, limitou-se a um gemido triste, no sábado, dizendo que o PSDB repete os velhos erros de sempre e continua imbatível na arte de vencer o… PSDB!
Serra aceitará a desclassificação humilhante e desaparecerá no silêncio?
Ou vai lançar-se numa candidatura pelo minúsculo – em todos os sentidos – partido de Roberto Freire?
Faça isso ou não, dificilmente deixará de reagir à humilhação que lhe faz o ex-amigo FHC.
Serra sabe que tem cacife, senão para vencer, para derrotar Aécio, por tirar-lhe uma fatia importante de São Paulo. E, de quebra, tirar-lhe em outros estados, pela necessidade que criará ao mineiro de pendurar Fernando Henrique no pescoço.
Há um mês, o Tijolaço afirmou que Serra está disposto a morrer, mas matará antes.
E aí, de fato, Nassif está certo de afirmar que Marina será mesmo a candidata paulista.
Como o alagoano Fernando Collor o foi em 89.
Porque à direita importa menos quem está no poder do que quem não pode estar lá.
Por: Fernando Brito
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