“Protestos convocados para o feriado da
Independência, que já geram a expectativa de quebra-quebra, estão sendo
articulados por grupos políticos que alimentam o radicalismo; entre eles, uma
ONG ligada à família do deputado Jair Bolsonaro; outro organizador já foi
funcionário fantasma do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir
Rossoni (PSDB-PR); em nota, grupo Anonymous ressalta caráter apartidário do
protesto que está convocando 4,6 milhões de brasileiros em 147 cidades no País;
será?
Qual é a mão que balança o berço do 7 de
setembro? Cercado de expectativa, o próximo feriado da Independência deve
marcar a reabertura da temporada de protestos no País. Manifestações convocadas
pelas redes sociais projetam que 4,6 milhões de brasileiros poderão ir às ruas,
em 147 cidades brasileiras. Grupos mais radicais já falam até, de forma
explícita, em promover quebra-quebra.
Mas será que são manifestações autônomas da
"cidadania" ou há uma articulação política por trás dessas
convocações? Uma reportagem da revista Carta Capital publicada deste fim de
semana ("O desfile golpista", de André Barrocal) lança algumas luzes
sobre essa movimentação. Segundo o texto, entre os agitadores do 7 de setembro
estão a ONG "Brazil No Corrupt", ligada à família do deputado
homofóbico Jair Bolsonaro (PP-RJ), que defende abertamente o regime militar de
64, e um militante virtual na internet. Ele se chama Ari Nogueira e já
trabalhou no gabinete do deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB-PR), que
comanda há anos a Assembleia Legislativa do Paraná – Ari, que usa no Twitter o
pseudônimo Ary Kara, estaria sendo investigado por ser um dos funcionários
fantasma do Legislativo paranaense, lotado no gabinete de Rossoni.”
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