Ministério Público e PF fazem rastreamento e encontram indícios de que
parte do dinheiro desviado no escândalo do metrô pode ter alimentado
campanhas do PSDB, inclusive a de FHC em 1998. Nessa minha matéria aqui para a Rede Brasil Atual, do dia 8 de agosto, eu antecipei a reportagem escrita somente nesse sábado (17) pelo IstoÉ
O Ministério Público Federal e a PF começaram na última semana uma
sigilosa investigação que, entre os procuradores, vem sendo chamada de
“siga o dinheiro”. Trata-se de um nome que traduz literalmente o
objetivo da missão, que consiste em fazer um minucioso cruzamento de
dados já coletados em investigações feitas nos Estados Unidos, na Europa
e no Brasil, seja pela PF, pelo Ministério Público Federal e pelo MP de
São Paulo, envolvendo os contratos feitos pelas empresas Alstom e
Siemens com o governo de São Paulo. “Temos fortes indícios de que parte
do superfaturamento de muitos contratos serviu para abastecer campanhas
do PSDB desde 1998, especialmente as de Fernando Henrique Cardoso e
Mário Covas”, disse à ISTOÉ, na manhã da quinta-feira 15, um dos
procuradores que acompanham o caso. “Mas acreditamos que com os novos
dados que receberemos da Suíça e da Alemanha chegaremos também às
campanhas mais recentes.” Sobre a campanha de 1998, os procuradores
asseguram já ter identificado cerca de R$ 4,1 milhões que teriam saído
de contas mantidas em paraísos fiscais por laranjas e consultores
contratados pela Alstom para trafegar o superfaturamento de obras do
Metrô, da CPTM e da Eletropaulo. “Agora que sabemos os nomes de algumas
dessas empresas de fachada será possível fazer o rastreamento e
chegarmos aos nomes de quem participou das operações”, diz o procurador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário