terça-feira, 8 de outubro de 2013

Lula não é um FHC: deixou descendência


Do Conversa Afiada:

Dudu + Bláblá: a culpa é do Haddad
FHC arrasou a terra por onde passou. Lula semeou a terra.
Árvore do Dudu
O ansioso blogueiro ainda não se recuperou do murro no fígado  que o Lula deu na Folha (*).

Lamenta, sinceramente, a violência do gesto presidencial. 

É que nem a Folha acredita na Folha.

E a Tacanhêde, que, agora, deu para concordar com o Ciro  ?

Os colonistas (**) merválicos estão desnorteados.

Para não incorrer no mesmo erro, o ansioso blogueiro preferiu tirar dúvidas com o Oráculo de Delfos, que se escondia no bar do magnífico restaurante Beijupirá, em Porto de Galinhas, depois de inspecionar quanto o Nunca Dantes despejou de dinheiro no porto de Suape.

(E o Dudu pensava que Suape era dele…)

Ocioso dizer que o Oráculo se dedicava a uma caipirinha de caju.

- Prezado Oráculo, por que a Bláblárina se casou com o Dudu ?

- Recomendo que você tenha respeito a dois candidatos a Presidente.

- Qual deles é o candidato, Oráculo amigo ?

- É … nessa você me pegou …

- Então, vamos lá: o que deu na telha dos dois para casar zero com zero …

- Esse Ciro é danado , hein, ansioso blogueiro ?

- E não é que a Tacanhêde concorda com o Ciro  ?

- É o que você pensa. Ela concorda para discordar.

- Como assim, Mestre ?

- É uma manobra para chegar à candidatura do Serra …

- Aqui a gente trata ele de Padim Pade Cerra, por sua vocação de Pade Ciço da Móoca, por sua trajetória espiritual, devota, casta, monogâmica ao lado da Ética e da Moral…

- Com violinos ao fundo, não é isso ?

- Violinos e o Amaury … Mestre.  Por que eles tentam somar zero com zero ?

- Por culpa do Haddad !

- Do Haddad ? O que ele tem a ver com isso ?

- Tudo. Ele, o Padilha … 

- Haddad, Padilha… Não alcanço, Mestre.

- É porque o Dudu e, até certo ponto, a Marina – embora, no caso dela, o apetite insaciável seja mais sôfrego -, no caso deles dois havia a perspectiva de a era Lulilma se esgotaria na Dilma.

- Por que, Oráculo ?

- Por uma questão geracional. Os dois, Lula e Dilma, concluíam o seu ciclo, com um só mandato da Dilma e a Direita …

- Aquela que o Bresser chama de tartúfica e ôca .  

- Essa mesmo. A Direita voltava ao Poder com os mais jovens: Marina e Eduardo.

- Até aí eu acompanho.

- Faça um esforço profundo, franza os músculos da testa que você vai acompanhar …

- Essa caipirinha de caju deixou o amigo metido a engraçado…

- Pois bem. O Haddad, principalmente ele, e o Padilha que vem aí, desmancharam essa hipótese do “fim de uma geração”.

- Por que ?

- Porque depois do Lula veio a Dilma, depois tem Haddad, tem Padilha e depois tem um desses 4,6 milhões de jovens da geração “pronatequeana” .

- Ou seja, o Lulismo…

- Que a sabida da Marina chama de “chavismo”ou “bolivarismo” .

- Original, ela, não ? Anda lendo o Ataulfo (***).

- A Direita do Bresser…

- Aqui se chama de Big House, em inglês, fica mais chic …

- Tá legal ! A Big House achava que tinha matado a descendência do Lula com o mensalão.

- Como assim ?

- Ué, os teus ataulfos apostaram nisso: o Dirceu, o Genoino, vai tudo pra fogueira. Não sobra nada de lulismo depois deles …

- É verdade. Era uma fogueira udenista … Quem acendeu o fósforo foi Lacerda…

- Pois é, meu filho. Acontece que o Lula tem descendência. Não é como o Fernando Henrique …

- O senhor quer dizer Príncipe da Privataria , o que, segundo o Miguel, não mostrou o DARF .

- Deve ser ele mesmo. O Fernando Henrique arrancou a grama por onde passou. Lula semeou o caminho !

- Temos um poeta !

- Não, meu filho ! É pura matemática eleitoral.

Pano rápido


Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.


(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse [10]. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

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