Marina vai ao mundo dos mortos?
5 de outubro de 2013 | 07:38
O espetáculo post mortem da Rede de Marina é terrivel.
Nunca vi tanta irresponsabilidade política, tanta inconsequência. E tão rápida entrega do cadáver político aos braços do conservadorismo.
O título “Eu já sabia”, dado ao artigo da ex-senadora na Folha, mais que uma confessada jocosidade, e de muito mau-gosto, não combina com a atitude de quem diz que o Brasil está na iminência de entrar numa insondável “desordem”, supondo-se que ela pretenda dizer isso ao escrever que o país “corre o risco de uma entropia que desfaça todos os avanços que obteve desde o fim da ditadura.”, ou seja, de um golpe antidemocrático e um regime autoritário.
Só quem tem pedido, para ser franco, a volta do autoritarismo são alguns dos “companheiros de jornada” das manifestações.
Mas tarde, surge a manifestação do até agora “braço-direito” de Marina, o deputado Alfredo Sirkis.
Em seu blog, embora diga que seguirá sendo “marinista”, despeja palavras de calibre pesadíssimo sobre ela:
“As vezes (Marina)falha com operadora política comete equívocos de avaliação estratégica e tática, cultiva um processo decisório ad hoc e caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais. Reage mal a críticas e opiniões fortes discordantes e não estabelece alianças estratégicas com seus pares. Tem certas características dos lideres populistas embora deles se distinga por uma generosidade e uma pureza d’alma que em geral eles não têm.”
Não sei, no momento em que escrevo, se ela vai se filiar a outro partido e se esse partido é o PPS de Roberto Serra e, como todos sabem, de José Freire.
Não é preciso mais para esclarecer o campo político em que Marina Silva vai, ou admite ir, para se abrigar.
Mas, se fosse preciso, bastaria este parágrafo do Estadão:
Marina foi pressionada por empresários que têm financiado seu projeto político de criar um partido a sair candidata. Foi dito a ela que não seria possível ela abandonar um projeto que contou com tantos apoios, inclusive financeiro na sua trajetória para criar a Rede.
Marina não sai desta barafunda apenas bem menor que entrou. Sai mais desnuda politicamente.
O Brasil é, realmente, um país sui generis.
Onde o que se apresenta como novo é mais velho que a Sé de Braga.
Marina, no PPS, seria o Serra da Floresta.
A ex-doméstica, candidata dos bacanas.
Para, claro, servir-lhes.
Por: Fernando Brito
Nunca vi tanta irresponsabilidade política, tanta inconsequência. E tão rápida entrega do cadáver político aos braços do conservadorismo.
O título “Eu já sabia”, dado ao artigo da ex-senadora na Folha, mais que uma confessada jocosidade, e de muito mau-gosto, não combina com a atitude de quem diz que o Brasil está na iminência de entrar numa insondável “desordem”, supondo-se que ela pretenda dizer isso ao escrever que o país “corre o risco de uma entropia que desfaça todos os avanços que obteve desde o fim da ditadura.”, ou seja, de um golpe antidemocrático e um regime autoritário.
Só quem tem pedido, para ser franco, a volta do autoritarismo são alguns dos “companheiros de jornada” das manifestações.
Mas tarde, surge a manifestação do até agora “braço-direito” de Marina, o deputado Alfredo Sirkis.
Em seu blog, embora diga que seguirá sendo “marinista”, despeja palavras de calibre pesadíssimo sobre ela:
“As vezes (Marina)falha com operadora política comete equívocos de avaliação estratégica e tática, cultiva um processo decisório ad hoc e caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais. Reage mal a críticas e opiniões fortes discordantes e não estabelece alianças estratégicas com seus pares. Tem certas características dos lideres populistas embora deles se distinga por uma generosidade e uma pureza d’alma que em geral eles não têm.”
Não sei, no momento em que escrevo, se ela vai se filiar a outro partido e se esse partido é o PPS de Roberto Serra e, como todos sabem, de José Freire.
Não é preciso mais para esclarecer o campo político em que Marina Silva vai, ou admite ir, para se abrigar.
Mas, se fosse preciso, bastaria este parágrafo do Estadão:
Marina foi pressionada por empresários que têm financiado seu projeto político de criar um partido a sair candidata. Foi dito a ela que não seria possível ela abandonar um projeto que contou com tantos apoios, inclusive financeiro na sua trajetória para criar a Rede.
Marina não sai desta barafunda apenas bem menor que entrou. Sai mais desnuda politicamente.
O Brasil é, realmente, um país sui generis.
Onde o que se apresenta como novo é mais velho que a Sé de Braga.
Marina, no PPS, seria o Serra da Floresta.
A ex-doméstica, candidata dos bacanas.
Para, claro, servir-lhes.
Por: Fernando Brito
Do Blog TIJOLAÇO.
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