“Vamos conversar fiado”? O fiasco da cantada política de 2ª categoria
30 de setembro de 2013 | 14:19
Merval Pereira hoje, em O Globo, anuncia uma ofensiva de mídia de Aécio Neves.
Desta vez, pela internet.
A cara de pau de um “analista” político que sabe que a mídia – inclusive a de internet, os grandes portais – é toda ela oposicionista é tão grande que ele chega a dizer que Dilma está à frente das pesquisas por conta da internet.
“A assimetria do acesso aos meios de comunicação entre potenciais candidatos a presidente e a própria presidente tentando a reeleição tem sido salientada por Aécio Neves e outros, como o governador de Pernambuco Eduardo Campos, que atribuem a ela a dianteira que a presidente Dilma abre nas pesquisas de opinião.”
Ora, até uma miniatura mental como Merval Pereira sabe – e ele cansou de escrever – que “as redes sociais” eram as principais fomentadoras dos protestos e do oposicionismo revelado em parte das manifestações de junho. Como foram das pressões sobre Celso de Mello, como são e serão sempre que o debate for superficial e passional.
Claro que ser supérfluo ou passional não é privilégio da oposição.
O problema é que quando não se é propositivo, isso é muito mais fácil.
E a oposição tucana não pode ser propositiva, porque suas propostas reais são, simplesmente, obscenas.
Ou será que alguém acha que se pode propor desnudamente coisas como aumentar os juros, entregar o petróleo, arrochar os salários, reduzir gastos sociais, acabar com uma política externa independente e outras tucanagens com o Brasil?
Essa é a razão de escolherem esta linha do “vamos conversar”, uma conversa fiada que, como falei antes, parece destas cantadas baratas de quem não tem com o que cativar ninguém.
O que Merval não suporta, isso sim, é o pingo de democracia que a internet nos dá de contraditar a “onda da mídia”.
Ele, com seus bigodes afetados e seu fardão bordado, ser desafiado por uns encardidinhos da plebe?
A ofensiva do “vamos conversar” vai deixar Aécio no celibato eleitoral, escrevam. Isso é apenas cobertura para a verdadeira campanha da direita na internet, que foi despudoradamente descrita pelo neoneoliberal Rodrigo Constantino, em seu espaço na Veja – poupo-me dos comentários sobre o autor, colega de merval no Millenium:
“Preencha esse vácuo, Aécio. Suba o tom, deixe claro que não apenas discorda do governo petista, mas abomina tudo aquilo que essa corja autoritária tem feito com nosso país. Fale abertamente que, com você, o Brasil não será a próxima Venezuela ou Argentina mas, ao contrário, voltará a abraçar o respeito à democracia republicana, e que os Estados Unidos devem ser amigos e aliados, não a ditadura cubana.”
Essa vai ser a tônica da campanha na internet, não aquele “o que acha de irmos para um lugar mais tranquilo” do marqueteiro aecista.
Porque, deste jeito “macarrão sem sal e sem molho”, Aécio vai ficar estacionado no meio do salão e a direita pega o mesmo Serra cansado de guerra e diz, “vambora, meu velho, que esses meninos são muito sem graça”.
Por: Fernando Brito
Desta vez, pela internet.
A cara de pau de um “analista” político que sabe que a mídia – inclusive a de internet, os grandes portais – é toda ela oposicionista é tão grande que ele chega a dizer que Dilma está à frente das pesquisas por conta da internet.
“A assimetria do acesso aos meios de comunicação entre potenciais candidatos a presidente e a própria presidente tentando a reeleição tem sido salientada por Aécio Neves e outros, como o governador de Pernambuco Eduardo Campos, que atribuem a ela a dianteira que a presidente Dilma abre nas pesquisas de opinião.”
Ora, até uma miniatura mental como Merval Pereira sabe – e ele cansou de escrever – que “as redes sociais” eram as principais fomentadoras dos protestos e do oposicionismo revelado em parte das manifestações de junho. Como foram das pressões sobre Celso de Mello, como são e serão sempre que o debate for superficial e passional.
Claro que ser supérfluo ou passional não é privilégio da oposição.
O problema é que quando não se é propositivo, isso é muito mais fácil.
E a oposição tucana não pode ser propositiva, porque suas propostas reais são, simplesmente, obscenas.
Ou será que alguém acha que se pode propor desnudamente coisas como aumentar os juros, entregar o petróleo, arrochar os salários, reduzir gastos sociais, acabar com uma política externa independente e outras tucanagens com o Brasil?
Essa é a razão de escolherem esta linha do “vamos conversar”, uma conversa fiada que, como falei antes, parece destas cantadas baratas de quem não tem com o que cativar ninguém.
O que Merval não suporta, isso sim, é o pingo de democracia que a internet nos dá de contraditar a “onda da mídia”.
Ele, com seus bigodes afetados e seu fardão bordado, ser desafiado por uns encardidinhos da plebe?
A ofensiva do “vamos conversar” vai deixar Aécio no celibato eleitoral, escrevam. Isso é apenas cobertura para a verdadeira campanha da direita na internet, que foi despudoradamente descrita pelo neoneoliberal Rodrigo Constantino, em seu espaço na Veja – poupo-me dos comentários sobre o autor, colega de merval no Millenium:
“Preencha esse vácuo, Aécio. Suba o tom, deixe claro que não apenas discorda do governo petista, mas abomina tudo aquilo que essa corja autoritária tem feito com nosso país. Fale abertamente que, com você, o Brasil não será a próxima Venezuela ou Argentina mas, ao contrário, voltará a abraçar o respeito à democracia republicana, e que os Estados Unidos devem ser amigos e aliados, não a ditadura cubana.”
Essa vai ser a tônica da campanha na internet, não aquele “o que acha de irmos para um lugar mais tranquilo” do marqueteiro aecista.
Porque, deste jeito “macarrão sem sal e sem molho”, Aécio vai ficar estacionado no meio do salão e a direita pega o mesmo Serra cansado de guerra e diz, “vambora, meu velho, que esses meninos são muito sem graça”.
Por: Fernando Brito
Do Blog TIJOLAÇO.
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