O Estado de S. Paulo
Informação foi dada pela assessoria da deputada Janira Rocha; advogada Eloisa Samy deixou o prédio em carro da parlamentar
O governo do Uruguai negou asilo político aos três manifestantes que
estavam abrigados no consulado do país no Rio desde a manhã desta
segunda, 21, informou no início da noite a assessoria da deputada Janira
Rocha (PSOL), que acompanhava os foragidos.
Considerada foragida da Justiça, a advogada Eloisa Samy, de 45 anos,
denunciada pelo Ministério Público do Rio sob acusação de associação
criminosa, deixou o prédio do consulado, na Praia de Botafogo, zona sul,
acompanhada dos outros dois manifestantes no carro oficial da deputada,
um VW Bora preto, informou a assessoria de Janira.
“Ela (a deputada) deu uma carona até o bairro de São Conrado e não sabe o
que eles fizeram depois”, disse o assessor de imprensa de Janira,
Ricardo Villa Verde. A deputada não foi localizada pela reportagem do
Estado. “Eles desceram de elevador e saíram pela garagem, que fica na
frente do prédio. Ninguém fez nada escondido”, disse Villa Verde.
De acordo com o assessor, a cônsul-geral Myriam Fraschini Chalar informou que os três não poderiam passar a noite no prédio.
Caso. Eloisa Samy procurou nesta segunda-feira, 21, o Consulado do
Uruguai no Rio acompanhada de dois manifestantes para pedir asilo
diplomático. Em vídeo de pouco mais de dois minutos, produzido por Mídia
Independente Coletiva e Ninja, ela afirma que é uma "perseguida
política", criminalizada por sua "atuação na defesa por direito de
manifestação".
Na denúncia encaminhada à Justiça, o promotor Luís Otávio Figueira Lopes
afirma que Eloisa “inicialmente juntou-se aos demais no exercício de
sua atividade, tendo, após, desvirtuado sua conduta e passado a
participar ativamente dos atos violentos, passando instruções aos
ocasionais participantes, tendo sido vista ordenando o início de atos de
violência”. “Além disso, escudando-se em um suposto exercício da
atividade profissional, presta apoio logístico, cedendo sua residência
para reuniões”, prossegue o MP na denúncia.
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