terça-feira, 8 de julho de 2014

Scotland Yard elogia trabalho da Polícia brasileira

 
 
 
 
 
 
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Suspeito de comandar venda ilegal de ingressos passará cinco dias na cadeia

Ray Whelan, acusado de liderar um esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo de 2014, passará os próximos cinco dias preso. O mandado de prisão expedido o deixa à disposição da Justiça do Rio de Janeiro, que pode renovar o prazo de detenção ao fim desse período.

Ray Whelan pode ter mandado de prisão renovado pela Justiça do Rio de Janeiro
Ray Whelan pode ter mandado de prisão renovado pela Justiça do Rio de Janeiro
Gabriela Moreira, para o ESPN.com.br
Ray Whelan, acusado de liderar um esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo de 2014, passará os próximos cinco dias preso. O mandado de prisão expedido o deixa à disposição da Justiça do Rio de Janeiro, que pode renovar o prazo de detenção ao fim desse período.
Diretor da Match Services AG, empresa que exclusivamente é responsável pela venda de pacotes de ingressos para o Mundial, Whelan foi preso nesta segunda-feira, no Copacabana Palace, por suspeita de articular um esquema com cambistas.
Após passar por um interrogatório no 18º Distrito Policial, na Praça da Bandeira, Whelan será levado para o sistema penitenciário do Rio de Janeiro. Caso tenha ensino superior, ele ficará preso em ‘Bangu 8′.
A Polícia também está em fase de contagem do material apreendido. Mas já se sabe que também foram encontrados 100 ingressos da Copa, inclusive para a final, US$ 1.000 e documentos, além do aparelho celular.
Também foi pedido ao Copacabana Palace todas as imagens de circuito interno para saber com quem Whelan se encontrou e com quem ele se comunicava nos salões do hotel.
Depois da prisão de Whelan, o delegado que comanda o caso recebeu ligação da Scotland Yard e foi parabenizado pela ação que culminou com a prisão. A polícia inglesa disse que sempre tentou, mas nunca conseguiu desmanchar esse esquema.
Esquema ilegal
A Polícia chegou ao nome do suspeito graças à gravação de 900 registros telefônicos autorizada pela Justiça na ‘Operação Jules Rimet’, que, na semana passada, já havia levado 11 pessoas à cadeia.
As ligações e mensagens eram originárias ou tinham como destino o número de um celular oficial da Fifa. Nas chamadas rastreadas, foi feita a associação de Whelan com o franco-argelino Lamine Fofana, que até então era tido como o principal líder do esquema
A operação Jules Rimet é resultado de pelo menos um mês de investigações da polícia e do Ministério Público e apreendeu mais de cem ingressos, além de dinheiro e máquinas para pagamento com cartão de créditos.
As entradas eram destinadas a patrocinadores da Fifa, membros de comissões técnicas das seleções e clientes de camarotes.
Segundo a Polícia Civil, o lucro da quadrilha chegava até a R$ 1 milhão por jogo, podendo totalizar R$ 200 mi ao final do Mundial. Todos os envolvidos e presos no caso vão responder por crimes de lavagem de dinheiros, associação criminosa e cambismo.
A Match tem ligação com o sobrinho do presidente da Fifa. Phillipe Blatter é CEO da Infront Sports & Media AG, empresa que detém 5% de participação na Match. Os dois filhos de Ray Whelan são sócios da Match, mas não foram presos.

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