Suspeito de comandar venda ilegal de ingressos passará cinco dias na cadeia
Ray Whelan, acusado de liderar um esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo de 2014, passará os próximos cinco dias preso. O mandado de prisão expedido o deixa à disposição da Justiça do Rio de Janeiro, que pode renovar o prazo de detenção ao fim desse período.
Ray Whelan, acusado de liderar um esquema
de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo de 2014, passará os
próximos cinco dias preso. O mandado de prisão expedido o deixa à
disposição da Justiça do Rio de Janeiro, que pode renovar o prazo de
detenção ao fim desse período.
Diretor da Match Services AG, empresa que
exclusivamente é responsável pela venda de pacotes de ingressos para o
Mundial, Whelan foi preso nesta segunda-feira, no Copacabana Palace, por
suspeita de articular um esquema com cambistas.
Após passar por um interrogatório no 18º
Distrito Policial, na Praça da Bandeira, Whelan será levado para o
sistema penitenciário do Rio de Janeiro. Caso tenha ensino superior, ele
ficará preso em ‘Bangu 8′.
A Polícia também está em fase de contagem
do material apreendido. Mas já se sabe que também foram encontrados 100
ingressos da Copa, inclusive para a final, US$ 1.000 e documentos, além
do aparelho celular.
Também foi pedido ao Copacabana Palace
todas as imagens de circuito interno para saber com quem Whelan se
encontrou e com quem ele se comunicava nos salões do hotel.
Depois da prisão de Whelan, o delegado
que comanda o caso recebeu ligação da Scotland Yard e foi parabenizado
pela ação que culminou com a prisão. A polícia inglesa disse que sempre
tentou, mas nunca conseguiu desmanchar esse esquema.
Esquema ilegal
A Polícia chegou ao nome do suspeito
graças à gravação de 900 registros telefônicos autorizada pela Justiça
na ‘Operação Jules Rimet’, que, na semana passada, já havia levado 11
pessoas à cadeia.
As ligações e mensagens eram originárias
ou tinham como destino o número de um celular oficial da Fifa. Nas
chamadas rastreadas, foi feita a associação de Whelan com o
franco-argelino Lamine Fofana, que até então era tido como o principal
líder do esquema
A operação Jules Rimet é resultado de
pelo menos um mês de investigações da polícia e do Ministério Público e
apreendeu mais de cem ingressos, além de dinheiro e máquinas para
pagamento com cartão de créditos.
As entradas eram destinadas a patrocinadores da Fifa, membros de comissões técnicas das seleções e clientes de camarotes.
Segundo a Polícia Civil, o lucro da
quadrilha chegava até a R$ 1 milhão por jogo, podendo totalizar R$ 200
mi ao final do Mundial. Todos os envolvidos e presos no caso vão
responder por crimes de lavagem de dinheiros, associação criminosa e
cambismo.
A Match tem ligação com o sobrinho do
presidente da Fifa. Phillipe Blatter é CEO da Infront Sports & Media
AG, empresa que detém 5% de participação na Match. Os dois filhos de
Ray Whelan são sócios da Match, mas não foram presos.
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