Pesquisa registrada às pressas, horas depois de morte de Eduardo, contraria resolução do TSE
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A pesquisa Datafolha registrada às pressas ontem (13), horas depois da
morte do candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, infringe a
legislação eleitoral.
Com a tragédia que tirou da disputa o ex-governador de Pernambuco e a
possibilidade de Marina Silva assumir a “cabeça da chapa” de Campos, o
Datafolha correu para registrar um novo levantamento, feito entre hoje e
sábado com 2,8 mil entrevistados. A pesquisa foi registrada ontem (13)
às 18h01, apenas seis horas depois do acidente que vitimou Eduardo
Campos.
Entretanto é irregular, segundo a resolução do Tribunal Superior
Eleitoral 23400/2014, a promoção de pesquisa eleitoral nesse momento da
campanha que tenha candidatos não registrados oficialmente na Justiça
Eleitoral. O artigo 13 da resolução estabelece que os eleitores só podem
ser questionados sobre candidatos registrados.
O próprio questionário do Datafolha parece induzir o eleitor a mostrar
como a presença de Marina embaralha a sucessão presidencial. Nas
perguntas dois a seis, pergunta-se ao eleitor se votaria em Marina no 1º
e no 2º turnos, se a conhece e se a rejeita. Apenas após induzir o
eleitor a saber que Marina poderá estar entre os candidatos, na pergunta
sete é informada a morte de Campos, com a indagação sobre o que o PSB
deve agora fazer.
O artigo 15 da resolução informa que a realização de pesquisas não pode
induzir o eleitor a erro, e o levantamento do Datafolha pode ter a sua
realização impugnada com pedido do Ministério Público Eleitoral.
É enorme a pressão sobre Marina Silva para que dispute a presidência,
atendendo a uma demanda não só dos eleitores que a escolheram em 2010,
como analistas políticos e simpatizantes da oposição ao governo Dilma, A
entrada de Marina na campanha, segundo algumas análises, tende a forçar
um segundo turno em uma campanha que tem, neste momento, possibilidade
de vitória de Dilma Rousseff ainda na primeira rodada, em outubro.
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