Ficou sem resposta a melhor pergunta feita a Eduardo Campos em sua maratona na Globo
Eduardo Campos teve uma maratona na Globo nestes dias.
Primeiro foi entrevistado no G1, e depois no Jornal Nacional.
Seu aeroporto, ficou claro, é o nepotismo. É ampla a lista de parentes de Campos em cargos públicos em Pernambuco.
Ele manobrou também para que sua mãe fosse eleita para o Tribunal de Contas da União.
Nova política?
Bem, ele disse no Jornal Nacional que não se sente constrangido com a questão do nepotismo.
Nisso, se diferenciou de Aécio, que tergiversou e não respondeu se se sentia constrangido com o aeroporto de Cláudio.
O capítulo de nepotismo na biografia de Campos está devidamente
documentado, e provavelmente será lembrado por adversários na campanha
eleitoral.
Quer dizer, caso ele alce vôo como candidato, o que é ainda uma incógnita.
Mas, de suas sessões nas Organizações Globo, a melhor pergunta não veio
nem de Bonner, nem de Patrícia Poeta e nem de nenhum jornalista do G1.
Veio da voz rouca das ruas.
Um internauta, no G1, fez a pergunta que todo mundo gostaria de fazer para Eduardo Campos.
Ei-la.
Por que Marina não saiu candidata à presidência, já que as chances dela de ir para o segundo turno seriam muito maiores?
Clap, clap, clap para o internauta. De pé.
Se Campos estivesse interessado mesmo em mudar o Brasil, e não em se
autopromover, ele teria tido um gesto exemplar de desprendimento e
cedido a cabeça da chapa a Marina.
Mas não.
Ele a confinou a um papel subalterno. Vice no Brasil não é nada.
Ninguém liga para vice, e isso fica claro quando se observam os
esquálidos índices de intenção de voto de Eduardo Campos.
Marina não transferiu nada a Campos até aqui, e as chances de que isso
se altere parecem mínimas. A cada momento se cristaliza, mais uma vez, a
polarização PT-PSDB, e Campos surge aí como um quase anão.
Eduardo Campos não respondeu à pergunta do internauta arguto.
Esquivou-se no meio de um palavrório pré-fabricado que fugiu da questão.
Como Aécio, Campos lembra Maluf na cara de pau com que finge responder a perguntas incômodas sem entrar no mérito delas.
E ele não respondeu por uma razão.
Seu projeto para o Brasil é, essencialmente, ele mesmo.
Nem menos e não mais que isso.
Paulo NogueiraNo DCM
Do Blog CONTEXTO LIVRE.
Um comentário:
Eduardo Campo representa a velha política das oligarquias onde o pai, o tio, o avô, o primo todo mundo tem um lugarzinho! Não que seja errado a família participar da política, mas em certas situações como de parente sendo responsável em apurar as contas de parente, me parece uma piada, ou melhor um grande humor negro!
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