terça-feira, 5 de agosto de 2014

FOLHA DISPARA MÍSSIL E DERRUBA A MENTIRA DE QUE AÉCIO NEVES PRETENDE REDUZIR CARGA TRIBUTÁRIA


BLOG DA FOLHA/UOL - DINHEIRO PÚBLICO & CIA - RELEMBRA AINDA QUE FOI FHC QUEM AUMENTOU A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL


Aécio indica que pretende manter - ou até elevar - a carga tributária
Candidato associado a uma agenda mais liberal para o país, Aécio Neves procura desarmar expectativas de uma redução do peso dos impostos na economia nacional em um eventual governo tucano.
Na entrevista concedida ontem ao portal G1, Aécio indicou que a carga tributária, de início, terá de ser mantida -ou, dependendo de como se interpretem suas declarações, até elevada.
A primeira parte foi mais clara: “Só vamos ter espaço para a diminuição da carga tributária (…) no momento em que encaixarmos o crescimento do gasto corrente [as despesas permanentes do governo] dentro do crescimento da própria economia”.
Traduzindo, a carga atual, na casa dos 35% da renda nacional, não pode cair enquanto o gasto público, hoje perto dos 39%, continuar em alta.
Aécio fala apenas em uma “simplificação” do sistema tributário, a ser proposta de imediato. Isso abriria caminho para uma redução de impostos “a médio prazo”.
A simplificação mencionada implica unir tributos nacionais, estaduais e talvez até municipais, numa equação política e federativa que vem sendo tentada sem sucesso desde os anos 90.
Adicionalmente, o tucano nega que queira cortar gastos. Ainda que possa estar evitando antecipar medidas impopulares, a margem para ajustes rápidos na despesa pública é mesmo muito pequena.
Questionado sobre o tema, Aécio preferiu se dizer contra “o processo de desonerações [tributárias] setoriais” promovido pelo governo Dilma Rousseff. Ou seja, criticou medidas que reduziram a arrecadação na tentativa de estimular a economia.
Mais surpreendentemente, não descartou a possibilidade de criação do Imposto sobre Grandes Fortunas, autorizado pela Constituição, mas nunca regulamentado -nem a administração petista se animou a levar o tema adiante.
Tudo somado, há uma evidente preocupação com o comportamento da receita pública nos próximos anos. Antes da agenda liberal da carga tributária menor, há o problema mais urgente da deterioração das contas do governo.
Trata-se de um pensamento coerente com a experiência tucana no Palácio do Planalto: foi o ajuste fiscal do governo FHC que promoveu a maior elevação de impostos desde a redemocratização do país.
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Nota do Blog: O título, sub-título e imagem, não fazem parte da matéria original que foi transcrita da Folha.com

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