
Revista britânica The Economist traz editorial com críticas à
candidatura de Marina Silva (PSB) à Presidência da República; a
publicação defende que Marina tem de "fazer mais para provar que merece"
o Palácio do Planalto; "Marina Silva ainda tem de dizer mais sobre como
exatamente uma pessoa relativamente estranha iria governar o Brasil. No
momento, há muito pouca substância e muita conversa sonhadora sobre
'nova política'", diz o texto
247- A revista britânica The Economist traz editorial
com críticas à candidatura de Marina Silva (PSB) à Presidência da
República. No texto, a publicação defende que Marina tem de "fazer mais
para provar que merece" o Palácio do Planalto. A Economist diz que "há
pouca substância e muita conversa sonhadora sobre a 'nova política'" no
discurso da ex-ministra. A The Economist dá amplo espaço a Marina Silva
na edição impressa que chega às bancas neste fim de semana. Além do
editorial, há uma reportagem sobre o avanço da ex-ministra.
"Marina Silva ainda tem de dizer mais sobre como exatamente uma pessoa
relativamente estranha (outsider, em inglês) iria governar o Brasil. No
momento, há muito pouca substância e muita conversa sonhadora sobre
'nova política'", diz o editorial. "No final, os eleitores do Brasil têm
de fazer uma escolha entre ficar entre a Rousseff sem brilho, o Aécio
amigável aos negócios ou apostar na emocionante, mas obscura Marina
Silva", diz o editorial.
Para a Economist, Marina precisa superar "duas preocupações". "A
primeira é a reputação de intransigência que tornaria difícil
administrar o Brasil, onde o multipartidarismo é a norma", diz o texto,
ao lembrar que a candidata deixou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva
por oposição em relação a algumas políticas ambientais. "Sua fé
pentecostal faz com que ela não seja liberal em algumas áreas", completa
o texto, ao citar a questão dos direitos civis dos homossexuais.
A outra preocupação da Economist é a experiência. "Dilma Rousseff já é
presidente e Aécio Neves governou bem o Estado de Minas Gerais durante
anos. Há pontos de interrogação sobre o fracasso de Marina Silva em
registrar seu próprio partido político a tempo da campanha
presidencial", cita o editorial. "Ela sabe pouco sobre economia." A
revista reconhece, porém, que a experiência tem benefícios
questionáveis. "Dilma era considerada uma gestora competente antes de
assumir o cargo, mas sua interferência ajudou empurrar o Brasil para a
recessão", diz o editorial.
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