Integrantes de quadrilha do Mato Grosso condenada por lavagem de
dinheiro e crime contra o sistema financeiro tiveram imóveis, contas
bancárias e participações societárias bloqueadas que totalizam R$ 792,3
milhões. A declaração de perdimento dos bens em favor da União foi
ajuizada pela Advocacia-Geral da União (AGU) junto com o Ministério
Público Federal (MPF) e em cumprimento ao acórdão do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF1).
O grupo era chefiado por João Arcanjo Ribeiro, conhecido como "Comendador". Ele, a esposa e outros dois operadores do esquema foram presos pela Operação Arca de Noé, da Polícia Federal, deflagrada em 2002. As irregularidades descobertas envolviam remessas de valores a financeiras sediadas no Uruguai, com retorno simulado das quantias para o Brasil.
Ligações com os Tucanos
"Comendador" deve-se 'a uma comenda ganha da Assembléia Legislativa de Mato Grosso durante governo tucano.
A primeira descoberta dos investigadores foi que, a partir de 1994, a Assembléia Legislativa de Mato Grosso colocou 81 milhões de reais em factorings do Comendador. No governo Dante de Oliveira (PSDB), o Departamento de Viação e Obras Públicas de Mato Grosso depositou nas contas das empresas do bicheiro outros 9 milhões de reais.
O Ministério Público descobriu, ainda, que o ex-secretário de Segurança Pública do estado, Hilário Mozer Neto, nomeado por Dante, depositou 1,5 milhão de reais nos cofres de Arcanjo. Não bastasse isso, Mozer Neto, soube-se em seguida, era presidente da empresa offshore Gamza S.A., localizada no Uruguai, o mais importante paraíso fiscal ao sul do Equador. A Gamza, com capital social de 16 milhões de dólares (ou 34,7 milhões de reais), é de propriedade do Comendador.
Também se descobriu, ao longo das investigações, que uma empresa, a Amper – Construções Elétricas Ltda., movimentou mais de 6 milhões de dólares (13 milhões de reais), entre créditos e débitos, na factoring uruguaia de Comendador. Além disso, a Amper foi beneficiária de empréstimos fraudulentos obtidos no Uruguai junto à outra offshore do bicheiro, a Aveyron S.A., ponta-de-lança do esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado mato-grossense. Detalhe importante: o dono da Amper chama-se Armando Martins, e vem a ser irmão do ex-governador Dante Martins de Oliveira.
Entre 1994 e 2002, diversas empresas ilegais de factoring (empresas que antecipam dinheiro de cheques pré-datados) montadas por Arcanjo serviram para irrigar dinheiro em campanhas eleitorais do PSDB. Apenas na campanha a governador de Antero Paes de Barros, em 2002, foram encontrados 84 cheques de uma factoring do bicheiro no valor total de 240 mil reais.
Os cheques da Vip Factoring colocados nas contas do PSDB foram descobertos a partir de um laudo preparado pela Polícia Federal. As informações estavam dentro de um computador apreendido pelos agentes na sede da empresa do Comendador, em Cuiabá. No disco rígido da máquina estavam todas as operações da empresa do bicheiro com o denominado “comitê financeiro único estadual do PSDB”. Os cheques encontrados, 240 mil reais ao todo, eram de doadores da campanha do senador Antero Paes de Barros à sucessão de Dante de Oliveira, este candidato ao Senado. Ambos, aliás, foram derrotados. (c/informações da AGU e da CartaCapital)
O grupo era chefiado por João Arcanjo Ribeiro, conhecido como "Comendador". Ele, a esposa e outros dois operadores do esquema foram presos pela Operação Arca de Noé, da Polícia Federal, deflagrada em 2002. As irregularidades descobertas envolviam remessas de valores a financeiras sediadas no Uruguai, com retorno simulado das quantias para o Brasil.
Ligações com os Tucanos
"Comendador" deve-se 'a uma comenda ganha da Assembléia Legislativa de Mato Grosso durante governo tucano.
A primeira descoberta dos investigadores foi que, a partir de 1994, a Assembléia Legislativa de Mato Grosso colocou 81 milhões de reais em factorings do Comendador. No governo Dante de Oliveira (PSDB), o Departamento de Viação e Obras Públicas de Mato Grosso depositou nas contas das empresas do bicheiro outros 9 milhões de reais.
O Ministério Público descobriu, ainda, que o ex-secretário de Segurança Pública do estado, Hilário Mozer Neto, nomeado por Dante, depositou 1,5 milhão de reais nos cofres de Arcanjo. Não bastasse isso, Mozer Neto, soube-se em seguida, era presidente da empresa offshore Gamza S.A., localizada no Uruguai, o mais importante paraíso fiscal ao sul do Equador. A Gamza, com capital social de 16 milhões de dólares (ou 34,7 milhões de reais), é de propriedade do Comendador.
Também se descobriu, ao longo das investigações, que uma empresa, a Amper – Construções Elétricas Ltda., movimentou mais de 6 milhões de dólares (13 milhões de reais), entre créditos e débitos, na factoring uruguaia de Comendador. Além disso, a Amper foi beneficiária de empréstimos fraudulentos obtidos no Uruguai junto à outra offshore do bicheiro, a Aveyron S.A., ponta-de-lança do esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado mato-grossense. Detalhe importante: o dono da Amper chama-se Armando Martins, e vem a ser irmão do ex-governador Dante Martins de Oliveira.
Entre 1994 e 2002, diversas empresas ilegais de factoring (empresas que antecipam dinheiro de cheques pré-datados) montadas por Arcanjo serviram para irrigar dinheiro em campanhas eleitorais do PSDB. Apenas na campanha a governador de Antero Paes de Barros, em 2002, foram encontrados 84 cheques de uma factoring do bicheiro no valor total de 240 mil reais.
Os cheques da Vip Factoring colocados nas contas do PSDB foram descobertos a partir de um laudo preparado pela Polícia Federal. As informações estavam dentro de um computador apreendido pelos agentes na sede da empresa do Comendador, em Cuiabá. No disco rígido da máquina estavam todas as operações da empresa do bicheiro com o denominado “comitê financeiro único estadual do PSDB”. Os cheques encontrados, 240 mil reais ao todo, eram de doadores da campanha do senador Antero Paes de Barros à sucessão de Dante de Oliveira, este candidato ao Senado. Ambos, aliás, foram derrotados. (c/informações da AGU e da CartaCapital)
Um comentário:
Saraiva do céu!... Que malha intrincada essa aí, heim... Como todas as outras, na verdade. Complicado ir desatando os nós até chegar ao cerne do crime.
Daí toda essa animosidade e "rejeição" ao governo petista de Dilma. Só pode.
E saem por aí falando em corrupção do Governo.
792 milhões.
Comendador.
Tomara que não sobre mesmo pedra sobre pedra.
Grande abraço.
Carmen
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