Diário do Centro do Mundo - Postado em 01 nov 2014
Os filhos da mídia foram neste sábado para as ruas protestar contra, bem, contra sei lá o quê.
Contra terem perdido nas urnas e, portanto, contra a democracia.
Disse “filhos”, mas poderia ter dito “vítimas”.
Porque em sua louca cavalgada antidemocrática eles foram intoxicados mentalmente pelo que a mídia deu nestas últimas semanas.
Eles pareciam saídos das páginas da Veja e dos comentários de gente como Jabor.
Pediam o impeachment de Dilma pelo caso Petrobras.
São os efeitos colaterais da capa criminosa que a Veja deu às vésperas das eleições.
Os manifestantes da Paulista tomaram aquilo como uma verdade indiscutível.
Isso mostra que é necessário aplicar uma punição exemplar à Veja. É uma tentativa de golpe branco fazer o que a revista fez – sem uma única prova – em cima de uma eleição tão disputada.
A Veja tem que enfrentar – rapidamente — as consequências do que fez. Ou vamos esperar que um lunático, inspirado pela revista, comece a matar petistas?
A mídia está também por trás do disparatado pedido de auditoria de votos feito pelo PSDB.
Os tucanos só fizeram isso por saberem que têm as costas quentes com a imprensa. Ou então se refreariam antes de atentar contra as instituições com um pedido tão esdrúxulo.
As dúvidas não resistem a um minuto de reflexão. Considere. O Datafolha deu, na véspera, 52% a 48% para Dilma. A diferença ficou nos decimais: 51,64% versus 48,36%.
A desconfiança nasce também, assinale-se, de trapaças do PSDB não devidamente cobradas pela mídia.
Aécio usou dados enganosos de uma pesquisa do instituto Veritás que lhe dava ampla vantagem em Minas, onde perdera no primeiro turno.
O dono do Veritás avisou que era um erro, ou crime, utilizar os números que Aécio brandiu publicamente, nos debates, contra Dilma. O estatístico também.
E mesmo assim Aécio não se deteve.
O que pensa um fanático antipetista quando vê uma coisa dessas? Num dia, numa pesquisa, seu candidato está ganhando amplamente em Minas. No dia seguinte, no mundo real, o candidato perde.
Farsa, é a conclusão.
E a frustração se converte em raiva depois que analistas afirmam que Aécio perdeu a presidência por causa dos votos que não teve em Minas.
Manifestações como a de hoje mostram como a sociedade está sendo agredida por uma mídia interessada apenas na manutenção de seus formidáveis privilégios.
Pensava-se que o ataque da mídia à democracia cessaria com as eleições.
Não cessou.
É hora de o Estado proteger a democracia, antes que seja tarde demais.
Leia também: “Se eu fosse você, temeria pela sua integridade física”: nosso repórter na manifestação pelo impeachment em SP
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Contra terem perdido nas urnas e, portanto, contra a democracia.
Disse “filhos”, mas poderia ter dito “vítimas”.
Porque em sua louca cavalgada antidemocrática eles foram intoxicados mentalmente pelo que a mídia deu nestas últimas semanas.
Eles pareciam saídos das páginas da Veja e dos comentários de gente como Jabor.
Pediam o impeachment de Dilma pelo caso Petrobras.
São os efeitos colaterais da capa criminosa que a Veja deu às vésperas das eleições.
Os manifestantes da Paulista tomaram aquilo como uma verdade indiscutível.
Isso mostra que é necessário aplicar uma punição exemplar à Veja. É uma tentativa de golpe branco fazer o que a revista fez – sem uma única prova – em cima de uma eleição tão disputada.
A Veja tem que enfrentar – rapidamente — as consequências do que fez. Ou vamos esperar que um lunático, inspirado pela revista, comece a matar petistas?
A mídia está também por trás do disparatado pedido de auditoria de votos feito pelo PSDB.
Os tucanos só fizeram isso por saberem que têm as costas quentes com a imprensa. Ou então se refreariam antes de atentar contra as instituições com um pedido tão esdrúxulo.
As dúvidas não resistem a um minuto de reflexão. Considere. O Datafolha deu, na véspera, 52% a 48% para Dilma. A diferença ficou nos decimais: 51,64% versus 48,36%.
A desconfiança nasce também, assinale-se, de trapaças do PSDB não devidamente cobradas pela mídia.
Aécio usou dados enganosos de uma pesquisa do instituto Veritás que lhe dava ampla vantagem em Minas, onde perdera no primeiro turno.
O dono do Veritás avisou que era um erro, ou crime, utilizar os números que Aécio brandiu publicamente, nos debates, contra Dilma. O estatístico também.
E mesmo assim Aécio não se deteve.
O que pensa um fanático antipetista quando vê uma coisa dessas? Num dia, numa pesquisa, seu candidato está ganhando amplamente em Minas. No dia seguinte, no mundo real, o candidato perde.
Farsa, é a conclusão.
E a frustração se converte em raiva depois que analistas afirmam que Aécio perdeu a presidência por causa dos votos que não teve em Minas.
Manifestações como a de hoje mostram como a sociedade está sendo agredida por uma mídia interessada apenas na manutenção de seus formidáveis privilégios.
Pensava-se que o ataque da mídia à democracia cessaria com as eleições.
Não cessou.
É hora de o Estado proteger a democracia, antes que seja tarde demais.
Leia também: “Se eu fosse você, temeria pela sua integridade física”: nosso repórter na manifestação pelo impeachment em SP
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