“Capacidade financeira desse estrato social
já supera o da classe B e representa 15% do total de consumo dos brasileiros.
Aumento no salário mínimo é principal causa desse crescimento.
Cláudia Bredarioli, Brasil Econômico
Os próximos dois anos devem apontar para
uma condição inédita de aumento do consumo no Brasil: pessoas que há pouco mais
de uma década viviam em condições de privação quase completa poderão sustentar
boa parte do crescimento da atividade econômica no país.
Hoje, com o aumento da renda a classe D,
pessoas que ganham entre R$ 705
a R$ 1.126 - pouco mais de dois salários mínimos,
segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV) - ganha espaço e deve ser o próximo
estrato social a mostrar grande poder de compra já a partir do ano que vem,
superando inclusive a classe B.
Cálculos do Brasil Econômico apontam que o
potencial de consumo desta fatia de brasileiros irá ultrapassar a marca de R$
400 bilhões no Brasil em 2012. Isso representa um avanço de 15% em relação a 2010.
Se levarmos em conta os R$ 2,5 trilhões
consumidos pelos brasileiros neste ano, segundo cálculos da IPC Marketing, o
valor já se aproxima de um quinto do total.
Uma das razões é que, em 2012, o salário
mínimo - referência de renda para boa parte dessa parcela social - terá
reajuste de mais de 13%.
A população já percebe essa realidade no
bolso. Moradora de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, a diarista Maria
Madalena da Silva Reis fica satisfeita ao perceber que atualmente consegue ter
acesso a muito mais itens do que há dez anos.”
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