qui, 17/07/2014 - 10:27
- Atualizado em 17/07/2014 - 10:56
Enviado por Cesar Monatti
Do The Guardian
Mark Rice-Oxley
Mais de três quartos da população do
mundo desenvolvido dizem que são felizes, mas uma clara maioria gostaria
que sua vida fosse mais simples, de acordo com um estudo feito entre
adultos das 20 maiores potências mundiais.
Desautorizando teorias sobre a crescente
onda de depressão e o efeito paralisante da desordem econômica, a
sondagem do empresa de pesquisas Ipsos Mori com mais de 16.000 pessoas
em torno do mundo constatou que 77% se consideram felizes, uma taxa que
sobe para 88% na Suécia, 85% na Austrália e 83% nos Estados Unidos.
Os níveis de felicidade são mais baixos
na Europa, com a Espanha apresentando os menores números entre todos os
países da amostra.
Pesam sobre os surpreendentes níveis de
felicidade autodeclarada, a revelação de grande medida de incerteza
sobre o futuro, sobre o crescente avanço da globalização e os efeitos da
desigualdade. No entanto, quando as pessoas são perguntadas sobre suas
vidas pessoais, famílias e suas comunidades locais há uma resposta mais
confiante.
“Em contraposição a um pano de fundo
pessimista, este relatório mostra a tendência global do público à
nostalgia, aliada a um forte entendimento de que as tradições são
importantes e a um desejo por um ritmo mais calmo de vida e por
simplificação.”
As pessoas questionadas no estudo da
empresa de pesquisas ao longo de dez grandes áreas estão buscando
posturas quanto à revolução digital, cuidados com a saúde, conflito de
gerações e imigração.
Embora 77% tenha dito que o mundo está
mudando muito rápido e que mais da metade afirmou que desejariam
diminuir o seu ritmo de vida, uma notória maioria (61%) disse que a
tecnologia era parte da solução e não parte do problema. Esa aprovação
subiu para 80% na China. A França foi o país mais cético em relação à
tecnologia.
Houve um entendimento mais diversificado
sobre a globalização, que foi culpabilizada por tudo, desde a
destruição de empregos na Europa até o enfraquecimento dos governos
nacionais que caem nas mãos das corporações multinacionais amorais.
No sentido oposto, as pessoas de
economias emergentes sentem-se sob uma pressão muito grande para ganhar
dinheiro e demonstrar o seu sucesso. Quando perguntados se se sentem sob
pressão para que sejam bem sucedidas e ganhem dinheiro, 68% dos
chineses disseram que sim. Apenas 25% dos italianos responderam o mesmo.
Os entrevistados se queixam a respeito
da intensidade das suas vidas digitais e quantidade de tempo diante das
telas que dispendem diariamente. No total, 78% dos chineses, 71% dos
britânicos, 71% dos australianos e 67% dos nascidos nos Estados Unidos
concordam com a assertiva “Eu estou constantemente olhando para telas
hoje em dia”.
Curiosamente, as pessoas são muito mais
otimistas acerca das perspectivas de suas famílias e comunidades locais
do que são em relação ao mundo. Um total de 59% expressou uma visão
otimista quando perguntados sobre com suas famílias se sairiam no
próximo ano. Entretanto, apenas 22% dos entrevistados disseram ser
otimistas a respeito das perspectivas do mundo como um todo, uma
proporção que caiu para 20% nos Estados Unidos, 15% na Grã-Bretanha e 6%
na França.
Os pesquisadores entrevistaram dezesseis
mil adultos durante o outono (do hemisfério norte) de 2013: 1.000 na
Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália,
Japão, Espanha, Grã-Bretanha e Estados Unidos, além de aproximadamente
500 na Argentina, Bélgica, Polônia, Rússia, África do Sul, Coreia do
Sul, Suécia e Turquia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário