Rumo a uma nova arquitetura financeira global
"Os
presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África dos Sul assinaram
os tratados históricos de formação do Novo Banco de Desenvolvimento
Página/12
Os presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África dos Sul
assinaram os tratados de formação do Novo Banco de Desenvolvimento e do
Acordo Contingente de Reservas. O documento final da cúpula afirma que
visarão “à mobilização de recursos para projetos de infraestrutura e
desenvolvimento sustentável nos países dos BRICS e em outras economias
emergentes e países em desenvolvimento”.”.
Os países-membros do
bloco BRICS emitiram a Declaração Conjunta de Fortaleza, em que
destacaram a “necessidade de se alcançar simultaneamente crescimento,
inclusão, proteção e preservação para cada uma de suas economias. A
reunião começou com a assinatura dos acordos para a criação do banco do
desenvolvimento dos BRICS, com um capital inicial de 50 bilhões de
dólares, e que financiará projetos de infraestrutura, e de um fundo de
contingências de 100 bilhões de dólares para apoiar países em crise com
suas balanças de pagamento.
O tema escolhido para esta Sexta
Cúpula de chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul, realizada na cidade de Fortaleza, foi “Crescimento Inclusivo:
Soluções Sustentáveis”. De acordo com a declaração, a temática de
análise dos presidentes “coincide com as políticas macroeconômicas e
sociais inclusivas implementadas” pelos governos do bloco “com o
imperativo de enfrentar desafios à humanidade postos pela necessidade de
se alcançar simultaneamente crescimento, inclusão, proteção e
preservação”.
“Continuamos desapontados e seriamente preocupados
com a presente não implementação das reformas do Fundo Monetário
Internacional (FMI) de 2010, o que impacta negativamente na
legitimidade, na credibilidade e na eficácia do Fundo”, defenderam os
presidentes.
Os líderes manifestaram sua “disposição para o
crescente engajamento com outros países, em particular países em
desenvolvimento e economias emergentes”. “Para tanto, realizaremos uma
sessão conjunta com os líderes das nações sul-americanas, sob o tema da
VI Cúpula do BRICS, com o intuito de aprofundar a cooperação entre os
BRICS e a América do Sul. Reafirmamos nosso apoio aos processos de
integração da América do Sul”, revela o documento.
Nele, está
claro também seu “apoio aos processos de integração da América do Sul e
reconhecemos, sobretudo, a importância da União de Nações Sul-Americanas
(UNASUL) na promoção da paz e da democracia na região, e na consecução
do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”.
Acreditamos
que o diálogo fortalecido entre os BRICS e os países da América do Sul
pode desempenhar papel ativo no fortalecimento do multilateralismo e da
cooperação internacional, para a promoção da paz, segurança, progresso
econômico e social e desenvolvimento sustentável em um mundo globalizado
crescentemente complexo e interdependente”, defenderam os chefes de
Estado."
Tradução: Daniella Cambaúva
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