Foi muito feliz o ex-presidente Lula, ao participar nesta 6ª feira
(ontem) do 1º ato de campanha de rua na capital, do candidato do PT a
governador, Alexandre Padilha e reiterar, com o bom humor que lhe é
característico, a denúncia de que São Paulo enfrenta falta de água e um
racionamento iniciado em maio.
E tão grave quanto esta escassez é o fato de a água faltar por
incompetência dos administradores tucanos que há 20 anos governam o
Estado e não fizeram as obras necessárias e a população não ser
informada disto porque a mídia não informa sequer que há o racionamento
que, em bairros da Zona Norte, por exemplo, vigora desde o início deste
ano. Ontem o ex-presidente Lula acentuou que que as gestões do PSDB em
São Paulo são tão incompetentes e problemáticas que “nem água de beber
estão garantindo ao povo”
“Eu não sei quantos banhos por dia está tomando o governador – afirmou o
ex-presidente, do alto de um carro de som -, mas tenho certeza que na
periferia as pessoas não estão tomando banho para ter água para lavar
roupa ou lavar a louça. Se ele não sabe disso, é importante alguém
contar.” Ele confessou, ainda, ficar “imaginando se fosse governador do0
PT aqui em São Paulo, o que a imprensa já teria feito com esse
governador.”
Alckmin esconde tudo: que não fez obra, falta de água, racionamento…
Para não perder votos em outubro, em sua tentativa de continuar
governador – pela 4ª vez em São Paulo – o dr. Geraldo Alckmin nunca
confirma a falta de água nem o racionamento, confirmado à Prefeitura
pela SABESP quando anunciou, antes do início do racionamento, em maio, o
corte de 70% no fornecimento de água à rede entre 22 h e 6h.
Isto impede sua chegada ao sistema de abastecimento nos bairros mais
altos da capital, Grande São Paulo e municípios do entorno abastecidos
pelo sistema Cantareira, seco porque os governos tucanos não fizeram as
obras sugeridas pelos técnicos em 2009.
O ex-presidente Lula disse não se impressionar com as pesquisas que
atribuem, agora, 54% das intenções de voto a Alckmin. Líderes petistas
lembraram que em outras eleições os candidatos petistas na capital e no
interior, a essa altura, também tinham, em média, os mesmos percentuais
agora registrados por Alexandre Padilha nas pesquisas e que o PT,
tradicionalmente, é partido de chegada.
Mídia protege governos tucanos
O candidato Alexandre Padilha também falou sobre a última pesquisa
Datafolha. “Tem candidato que usou quatro anos de exposição pessoal por
meio da estrutura do governo estadual (Alckmin) ou de sua entidade de
classe (Paulo Skaf, com a FIESP). E a pesquisa mostra que eles chegaram
no teto mais cedo – alguns, inclusive, já começaram a cair do teto”.
O ex-chefe de governo petista aproveitou para responder ontem ao
ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que em artigo recente o
acusou de ser omisso, não dar explicações, nem assumir ônus em suas
gestões. O ex-presidente petista adiantou estar disposto, sim, a debater
corrupção na campanha. “Desafio eles a provarem se algum presidente
nesse país criou mecanismo de investigação, de apuração, de mandar
prender corrupto como eu criei em oito anos”, provocou.
No governo FHC, lembrou o ex-presidente Lula, era “roubar por roubar e
não tinha denúncia porque tinha um tapete muito grande para jogar toda
sujeira”, numa referência – sem citação direta – à proteção que os
tucanos sempre tiveram da mídia, que não explorava os escândalos dos
governos do PSDB, nem mesmo um dos maiores, a compra de votos para
aprovação da emenda constitucional da reeleição para FHC se reeleger.
Postado há 13 hours ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
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