sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A fundação estrangeira que financiou Marina



marina


Não queria botar mais lenha nessa fogueira, mas não posso esconder uma coisa dessas dos leitores.
Quero deixar claro que não acredito e não quero acreditar em nenhuma teoria da conspiração. Blogueiros são paranoicos por natureza, mas sou também jornalista e como tal tenho obrigação de não acreditar em teorias de conspiração.
Oxalá seja apenas uma teoria idiota, que aliás nem é exatamente uma teoria, mas um apanhado de coincidências perturbadoras.
Meu lado blogueiro, porém, me força a, pelo menos, publicar o que andei fuçando por aí.
No mínimo, isso dá um belo roteiro de thriller político. Verossimilhança e histórico de fatos similares ocorridos no passado, não faltam.
Uma reportagem da Reuters publicada no início de agosto revelou que um prestigiado hacker espanhol descobriu uma brecha gravíssima no sistema de segurança de aviões de passageiros. Ele afirmou que é possível invadir sistemas de navegação de aviões e jatinhos e manipular os dados de satélite enviados ao piloto.
E com isso, interferir no vôo e, portanto, provocar acidentes.
É impossível não relacionar isso ao acidente que vitimou Eduardo Campos, mudando completamente o quadro eleitoral no Brasil.
A morte de Campos, num acidente ainda inexplicado, tem suscitado febris teorias de conspiração. No site Strategic Culture, há dois autores que acreditam em participação da CIA e de especuladores internacionais: o Wayne Madsen e o Nil Nikandrov.
Os motivos que levaram esses autores a desconfiar de um atentado são mais ou menos óbvios:
1 – Prejudicou imensamente o favoritismo de Dilma Rousseff, presidente com grande popularidade entre os pobres no Brasil, mas odiada pelo mercado financeiro, sobretudo após a paulada que deu nos juros no segundo ano de seu governo. O aumento do controle governamental sobre a energia, tanto a hidroelétrica quanto o pré-sal também devem incomodar a banca especulativa internacional.
2 – Marina Silva, por sua vez, acena com a independência formal do Banco Central, e sua assessoria econômica é formada por neoliberais de quatro costados. Andre “Haras” Rezende, por exemplo, largou seus iates e cavalos de raça no exterior e veio ao Brasil prestar serviços à Marina. Segundo eles, Marina Silva seria uma “marionete” de George Soros.
Um leitor me advertiu sobre outra coisa.
A imprensa deu destaque à doação de Neca Setúbal de R$ 1 milhão ao Instituto Marina, que correspondeu a 83% do total recebido pela ONG da candidata.
Mas não falou nada sobre a “Fundação Porticus”, que deu os outros 17%.
A Porticus é uma fundação financiada e até hoje controlada de perto pela família Brenninkmeyer, bilionários de origem holandesa e alemã, donos da C&A.
Os Brenninkmeyers são conhecidos na Europa por sua reserva. Não dão entrevistas, não são vistos em público, seus diretores são obrigados a assinar rígidos contratos de confidencialidade.
O jornal britânico Telegraph publicou matéria, há alguns anos, sobre a família. O título: “Secretive dynasty with ruthless streak”, uma dinastia cheia de segredos e de temperamento implacável. A tradução é livre. Ruthless pode ser também “cruel”, “impiedoso”.

Do BLOG DE UM SEM-MÍDIA.

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