MILITÂNCIA DE ALUGUEL !
A questão não é ser ilegal, a questão é ser "deprimente". Um
candidato que precisa pagar para ter quem faça figuração como seu
eleitor, fingindo ser um cidadão comum que o abraça, ou acena e aplaude,
mostra bem o tamanho do "desastre" que é a sua campanha e a sua
candidatura.
Sem nenhuma identificação com o povo, sem nenhuma proposta concreta
para o futuro do Brasil, e com um passado que condena seu PARTIDO pelo
ARROCHO e INFELICIDADE impostos aos brasileiros, é de fazer duvidar que o
tucano AÉCIO NEVES tenha mesmo os índices de voto que as pesquisas
apontam, ainda que esteja em terceiro lugar e em franco declínio.
‘CABOS’ SÃO USADOS EM ATIVIDADES DE RUA
E PARA GARANTIR IMAGENS DE TV. ESPECIALISTAS NÃO VEEM ILEGALIDADE SE
TODOS FOREM IDENTIFICADOS.
DANIEL BRAMATTI E PEDRO VENCESLAU
O ESTADO DE S. PAULO - 09 SETEMBRO 2014
Casa da empresa Entreter, contratada por campanha tucana, na Barra da Tijuca
O comitê financeiro da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB)
pagou em agosto cerca de R$ 2,5 milhões à uma empresa de eventos por um
serviço descrito como “atividades de militância e mobilização de rua”.
Com sede no Rio de Janeiro, a Entreter Festas e Eventos “forneceu”
para a campanha do tucano 1.112 cabos eleitorais. As candidaturas de
Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) não registraram o mesmo serviço
em suas prestações de contas com essa descrição.
Segundo a campanha tucana, as despesas pagas para a Entreter são de
serviços de “adesivação de veículos” e o custo total engloba gasto com
gasolina, transporte e outros itens, e “não são apenas salários”.
Especialistas em legislação eleitoral ouvidos pelo Estado dizem que a
contratação de cabos eleitorais não é ilegal, mas as campanhas precisam
informar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os dados de cada um dos
funcionários.
“O gasto é lícito desde que a empresa apresente a relação
individualizada de todo o pessoal contratado”, afirma o advogado Silvio
Salata, membro da comissão nacional de direito eleitoral da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB). O comitê do tucano não informou, até as 20
horas de ontem, se indicou os dados de seus cabos eleitorais na
prestação de contas que foi enviada. Em terceiro lugar nas pesquisas de
intenção de voto para a Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) tem
utilizado cabos militantes profissionais para engrossar suas atividades
de rua e, ao mesmo tempo, garantir boas imagens para o horário
eleitoral gratuito e para os telejornais.
Corte.
Em Minas Gerais, o comitê da dobradinha tucana Pimenta da Veiga
(candidato a governador)-Aécio Neves promoveu na semana passada um corte
em sua equipe de “cabos eleitorais”. Pelos menos 200 funcionários
designados para atividades de rua foram dispensados da campanha.
A reportagem apurou que o PSDB pagou entre R$ 700 e R$ 1.200 para
cada cabo eleitoral atuar em um regime de dedicação exclusiva.
Despesas. Além dos cabos eleitorais terceirizados, a campanha de
Aécio Neves também declarou ter gasto R$ 6.805.902,35 com “serviços
prestados por terceiros”, nos últimos dois meses. Esse foi o segundo
principal foco de despesas, só perdendo para a produção do programa de
TV, que consumiu R$ 6.984.497,52. Outros R$ 69.176 foram gastos com
publicidade e telemarketing.
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