Após embate com FHC, Dilma prepara agora entrada na campanha de Haddad
O Estado de S. Paulo
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A presidenta Dilma Rousseff desembarca hoje em São Paulo para gravar
mensagem de apoio ao candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad.
Dilma vai aparecer nos próximos dias na propaganda de TV do petista como
fiadora(?) do ex-ministro da Educação. O plano(??) da presidenta é
apresentar o candidato como "gestor competente" que serviu ao seu
governo e ao de Lula.
A entrada de Dilma no horário político em São Paulo já estava acertada
com o marqueteiro de Haddad, João Santana, mas faltava bater o martelo
sobre qual o melhor momento para isso ocorrer. As críticas feitas pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a Lula e ao PT em artigo
publicado no domingo pelo Estado e a subida de Haddad nas pesquisas -
embora ainda em empate técnico, no segundo lugar, com José Serra (PSDB) -
animaram Dilma a defender o legado petista na TV(???).
Segundo integrantes do Planalto, Lula e Dilma acreditam que FHC tenta
ressuscitar o antipetismo na esteira do mensalão. A presidente avalia
que o tucano teria "passado dos limites" ao tentar explorar uma divisão
entre ela e Lula e decidiu reagir, rompendo o clima de lua de mel(????)
mantido com FHC. Na nota de segunda-feira, ela assinalou que não
reconhecer os avanços obtidos pelo País nos últimos dez anos "é uma
tentativa menor de reescrever a história".
Sem esconder a contrariedade, a presidenta partiu para o
confronto(?????) e qualificou Lula como "um democrata que não caiu na
tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse". A estocada
foi para fazer um contraponto entre a atitude de Lula, que não disputou o
terceiro mandato, e a emenda constitucional patrocinada por FHC, em
1997, para permitir a sua própria reeleição.
No diagnóstico do governo, FHC age em sintonia com Serra e com o senador
Aécio Neves (PSDB-MG), provável adversário de Dilma na eleição de 2014.
Apesar de decidir gravar para Haddad, a presidente ainda avalia a
conveniência de participar de pelo menos um dos últimos comícios do
petista em São Paulo. Por enquanto, essa tarefa caberá a Lula. Dilma
está mais propensa a subir no palanque do candidato do PT em Belo
Horizonte, Patrus Ananias, que enfrenta o prefeito Marcio Lacerda (PSB),
apoiado por Aécio.
Até agora, Dilma dizia que não era o caso de gravar mensagem para
Haddad, sob o argumento de que não podia melindrar o aliado PMDB, de
Gabriel Chalita. Nos bastidores, porém, petistas dizem que Chalita não
decolou e não tem qualquer chance de ir para o segundo turno.
Russomanno também é de um partido da base do governo, mas Dilma está
certa de que não terá problemas com a legenda por causa da defesa que
fará de Haddad.
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