Por Denis Sena Filho
Eu
não sei e creio que ninguém sabe o que se passa na cabeça do
ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso quando ele chama o
presidente mais popular da história do Brasil, juntamente com o
presidente Getúlio Vargas, de “herança pesada”, em artigo nada
sociológico no jornal mais conservador da direita brasileira, o Estado
de São Paulo.
FHC TEM DOIS PROBLEMAS GRAVES: NÃO CONCATENA AS IDEIAS E TEM INVEJA DO LULA. |
O homem que vendeu o Brasil, aquele que alienou o patrimônio
público que ele não construiu, o político que considera o Plano Real do
presidente Itamar Franco como de sua autoria, o ex-presidente que
quebrou o Brasil três vezes e teve de ir ao FMI de joelhos e com o pires
na mão a pedir esmolas, além de ser o responsável pelo apagão de
energia que durou mais de um ano, considera, na maior cara de pau
possível e total ausência de senso crítico, o presidente Lula uma
herança pesada.
Seria trágico se não fosse cômico o artigo do pseudointelectual
“mauricinho”, que sempre teve como aliada a imprensa comercial e privada
de São Paulo, além do apoio irrestrito das Organizações(?) Globo, que
no momento está a tratar do “mensalão”, como se fosse a última chance
de a direita poder, enfim, chegar ao poder depois de três derrotas em
eleições para a Presidência da República.
FHC, o Neoliberal, cuja figura patética é escondida pelos próprios
candidatos tucanos quando tem de concorrer às eleições, resolveu,
novamente, deitar falação, e a tribuna escolhida foi o carcomido, o
vetusto, o direitista, o reacionário “Estadão”, que, se tivesse a força
de persuasão que pensa ter, elegeria há muito tempo para presidente da
República gente como FHC, Geraldo Alckmin e principalmente José Serra,
que perdeu as últimas eleições para a candidata petista Dilma Rousseff,
que, até então, nunca tinha participado de qualquer eleição.
LULA GOVERNOU O BRASIL COMO ESTADISTA, O QUE REVOLTA O FHC E A BURGUESIA. |
E
aí, o que acontece? O falastrão do FHC, aquele que afundou a maior
plataforma produtora de petróleo do mundo, a P-36, resolve, em um texto
mal escrito e pessimamente articulado mentalmente, chamar o político
que mudou o Brasil, bem como o tirou de uma posição subserviente
perante os países ricos, como herança pesada de Dilma.
Para fazer sua ilações perversas e pérfidas, tal figura da
burguesia paulistana faz alusões francamente levianas ao estadista Lula
e o coloca como o responsável por questões sobre corrupção, desvios de
recursos, além de outras “acusações” de menores implicações no que
concerne ao caráter e à conduta moral do presidente petista que fez uma
revolução silenciosa e melhorou as condições de vida de milhões de
brasileiros, bem como elevou o Brasil a um patamar de importância em
termos mundiais como nunca se viu antes neste Pais.
FHC deveria ficar quieto, como o faz Lula em relação ao seu
medíocre governo, que vendeu o Brasil e tratou de seu patrimônio com
uma irresponsabilidade que, para mim, tal tucano arrogante e vaidoso
deveria estar a responder processos como ocorreu com os presidentes
neoliberais da Argentina, México, Peru, Chile, Equador, Uruguai e
Venezuela. Alguns foram presos, outros fugiram ou estão a responder
processos por terem vendido o que não é deles, o que não lhes
pertencem, o que evidencia prejuízos de lesa pátria e, consequentemente, as provas de que tais governantes traíram seus povos.
SERRA PODE SER TUDO, MENOS BOBO. MOSTRAR FHC NA TV SERIA A DERROTA IMINENTE. |
Lula é Dilma e Dilma é Lula. Ponto. Por sua vez, Serra não é
FHC e FHC não é Serra e nem Alckmin, porque simplesmente esses tucanos
quando são candidatos não deixam o FHC aparecer na televisão, nem falar
pelo rádio e muito menos aparecer em outdoors. E
porque isto acontece? Porque ninguém é tão ingênuo de colar sua imagem
a um governo que ficou conhecido por vender o Brasil, ser leniente com
a corrupção, de ir ao FMI três vezes de joelhos e com o pires na mão,
de causar o apagão da energia, de fechar estatais, de tentar desmontar a
Petrobrás, de afundar a P-36, de não criar empregos, de não distribuir
renda, de não criar escolas técnicas e universidades, de não facilitar
o acesso dos pobres ao ensino superior, não investir em pesquisas
científicas, de não construir casas para a população e de não cuidar da
infraestrutura, como rodovias, aeroportos, portos, ferrovias,
siderúrgicas, estaleiros, além de deixar a saúde à míngua, no que trata
ao orçamento quando, já na oposição ao Governo Lula, retiraram bilhões
da CPMF, como forma de combater o mandatário petista.
Depois o neoliberal FHC vem falar de corrupção e de má
administração sem ter, no entanto, nenhum cuidado para se olhar no
espelho e ver que seu governo foi um fracasso retumbante, porque nunca
cuidou dos pobres e se comprometeu até a medula com os interesses dos
ricos. O neoliberal FHC é assim: fala o que quer e não mede quaisquer
consequências por que, na verdade, se tal tucano tivesse
responsabilidade não teria vendido o Brasil e seu governo não cometeria
tantos erros e ilícitos como mostra e demonstra o livro “A Privataria
Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro.
Quem
acredita em FHC ou na grande imprensa de negócios privados são os 6%
da população brasileira, que, conforme as pesquisas, consideravam o
Governo Lula ruim ou péssimo. São os mesmos que atualmente acham a mesma
coisa do Governo Dilma. São os lacerdistas de classe média, tão
ressentidos e reacionários quanto os barões da imprensa e seus
jornalistas e especialistas de prateleira e de confiança. São pessoas de
direita que continuam de direita. Só isso. Ponto. E nada mais.
ALCKMIN GOVERNA SÃO PAULO. JAMAIS APRESENTOU O FHC NA TV. |
A
questão primordial disso tudo é que apesar de eles serem minoria,
evidentemente que essas pessoas e grupos econômicos são barulhentos —
altissonantes. E por que se ouve tanto o barulho deles. Porque a direita
controla os meios de comunicação privados, que apoiam, sem deixar
dúvida, os candidatos, os políticos e os governantes do DEM e do PSDB.
Apesar de esse pessoal ser a minoria, o barulho, além de ser alto, é
publicado e veiculado todos os dias pelo sistema midiático porta-voz dos
interesses empresariais.
Muitos cidadãos acreditam que a corrupção aumentou durante o
governo Lula. É dessa maneira que a imprensa sistematicamente o mostra.
Nada mais falso. O que houve, de fato, foi um aumento brutal,
exponencial do número de operações da Polícia Federal contra a
corrupção, principalmente os malfeitos que são considerados como crimes
do colarinho branco, geralmente cometidos por homens e mulheres de
negócios e autoridades de alto escalão, como banqueiros, juízes,
políticos, servidores com cargo de mando e empresários.
O que se vê é uma falácia perpetrada por jornalistas, pois a verdade é que o Governo do FHC, o Neoliberal, em oito anos efetivou 28 operações da Polícia Federal, enquanto o Governo do Lula realizou 1.150 operações da PF, o que, sobremaneira, faz com que os números do tucano que deita falação no reacionário Estadão se
tornem pífios e ridículos. A PF de Lula se tornou republicana e por
isso não foi à toa que o diretor da PF, Paulo Lacerda, foi afastado e
sua moral atacada pela imprensa corrupta e por gente como o senador
cassado Demóstenes Torres e o juiz do STF Gilmar Mendes
DE IMPRENSA MANIPULADORA, MENTIROSA E SEM COMPROMISSO COM O BRASIL. |
A
verdade é que nunca aconteceram tantas investigações e prisões como no
tempo de Lula, ao ponto de colocarem algemas no banqueiro Daniel
Dantas, o que comoveu e revoltou a imprensa colonialista e hegemônica,
bem como certo juiz e certo senador, que acusaram a PF de escuta
ilegal, de grampear Gilmar e Demóstenes. Por causa disso, Lacerda
também caiu. Só que o áudio de tal grampo nunca apareceu e a verdade é
que aquelas duas figuras da República nunca foram gravadas pela PF de
Lacerda e até hoje o bravo e republicano policial nunca recebeu um
pedido de desculpas.
FHC, o Neoliberal, é uma farsa, inclusive como intelectual. E o Estadão não pode ser levado a sério.
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