Em comício, Lula diz querer ir a Salvador para comemorar derrota do DEM
Na sua aparição política no Nordeste, ex-presidente diz que ACM Neto pode bater em ambulantes
João Paulo Gondim - iG Bahia
Já Pelegrino ironizou ACM Neto afirmando que a única experiência administrativa do rival era "cuidar da herança do avô". O petista também atacou a pesquisa do Ibope divulgada na última quinta-feira (13), na qual aparece em segundo, com 27% das intenções de voto. O candidato demista, com 39%, lidera a corrida. "Se o instituto deles nos deu 27, a gente passou de 30, e já começou a virada".
Na sua aparição política no Nordeste, ex-presidente diz que ACM Neto pode bater em ambulantes
João Paulo Gondim - iG Bahia
Em comício na noite desta sexta-feira (14) no centro de Salvador, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palanque do candidato
petista Nélson Pelegrino para atacar o concorrente ACM Neto (DEM). "Nelson,
se você me convidar para vir a sua posse, eu lhe prometo que estarei
aqui em Salvador para comemorar a derrota do nosso adversário", afirmou Lula.
Em pouco mais de 16 minutos, Lula não falou o nome de Neto, preferindo
tratá-lo como "cidadão". Em meio a diversas alfinetadas ao demista, Lula
lembrou quando, em 2005, Neto afirmou que bateria nele. "Se este
cidadão no Congresso teve a coragem de dizer que queria bater no
presidente da República, imagine o que ele vai fazer com o camelô aqui
na cidade de Salvador", ironizou o petista, que disse ter sido baiano em outra encarnação.
Lula insinuou que ACM Neto só olha para a população pobre durante o
período eleitoral. "Se a gente pudesse colocar o pobre na bolsa de
valores, era a ação que mais crescia em época de eleição. Eles [os
demistas] são capazes de falar mal do banqueiro na véspera da eleição,
mas, depois que ganham, vão jantar com banqueiro e nem tomam café com o
povo pobre da periferia".
O ex-presidente endossou o principal mote de Pelegrino, a harmonia entre
as esferas de poder federal, estadual e municipal, já que presidente da
República, Dilma Rousseff, e o governador da Bahia, Jaques Wagner, são
petistas. Na sua campanha, o candidato do PT tem como discurso principal
ser "do time de Lula". "É mentira que para governar a cidade o prefeito
não precisa ser aliado do governador. É preciso que o prefeito esteja
em harmonia com o governo do Estado. E os dois devem estar ligados ao
governo federal".
Durante a sua fala, Lula lembrou que sofreu três derrotas eleitorais até
se eleger presidente pela primeira vez, em 2002. Ele disse que vai
haver uma "coincidência". "Esta é a quarta vez que Pelegrino se
candidata".
Carlismo
Lula, Wagner e Pelegrino lembraram que quando a atual senadora baiana
Lídice da Mata (PSB) foi prefeita de Salvador (1993-1996), ela sofreu
boicote econômico dos então governadores Antônio Carlos Magalhães
(1991-1994) e Paulo Souto (1994-1998), este um dos principais nomes do
carlismo. Também presente no palanque, Lídice é uma das coordenadoras de
campanha do petista.
Lula e Pelegrino. Foto: Lúcio Távora/Ag. A Tarde/Futura Press
Já Pelegrino ironizou ACM Neto afirmando que a única experiência administrativa do rival era "cuidar da herança do avô". O petista também atacou a pesquisa do Ibope divulgada na última quinta-feira (13), na qual aparece em segundo, com 27% das intenções de voto. O candidato demista, com 39%, lidera a corrida. "Se o instituto deles nos deu 27, a gente passou de 30, e já começou a virada".
O candidato ainda comentou o apoio que ACM Neto recebeu, nesta sexta, do
ex-prefeito de Salvador Antônio Imbassahy (PSDB). "Salvador conhece bem
Imbassahy", afirmou o petista. Este é o primeiro aceno que o tucano fez
ao demista desde que o PSDB declarou apoio ao DEM, em maio.
Este foi o segundo comício em que Lula participou na campanha deste ano. O primeiro foi no fim de agosto, em Belo Horizonte.
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