"(...)mais do que olhar apenas déficit, é
importante considerar a evolução das exportações. As exportações
brasileiras nos últimos 12 meses atingiram o segundo maior nível de sua
história. Ou seja, nos dois primeiros anos do governo Dilma, o Brasil
nunca exportou tanto."
"Importante ressaltar ainda que a importação
aumentou por causa das compras de combustível. O consumo crescente de
combustível, que onera a importação, é um sinal de vitalidade
econômica."
"O negativismo da mídia tem conotação
política. Como ela faz oposição ao governo federal, a imprensa quer
pintar o quadro econômico como eternamente em declínio, e não poupará
esforços neste sentido. Eventualmente, o esforço pode dar certo, ao
desestimular o setor privado a seguir investindo no país. O governo tem
culpa porque se mantém calado, ou fala somente através da grande mídia. O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, não usa redes sociais. A presidenta
não usa redes sociais. A articulação política do governo não usa redes
sociais."
O Cafezinho - Miguel do Rosário - 02/08/2013 – 4:24 pm
Os jornais amanheceram, como de praxe, com manchetes apocalípticas. O Globo veio com um déficit “Pior da história”. Eles jamais fizeram manchetes similares quando se trata dos juros (menores da história, antes dos recentes aumentos) ou do salário mínimo. Mas quando encontram um fato negativo, eles carregam nas tintas e põem na primeira página.
Acontece que não é bem assim. A imprensa mente mesmo quando fala a verdade. Então lá fui eu fuçar no Sistema Alice,
o nosso banco de dados público sobre comércio exterior, que é um dos
melhores do mundo. Tenho experiência nisso porque trabalhei por quase 15
anos escrevendo sobre café para o jornal especializado que eu tinha,
além de colaborar para sites estrangeiros. Especializei-me em
estatísticas de comércio exterior.
Compilei os dados da nossa balança comercial desde 1995 até hoje, preparei algumas tabelas e gráficos.
Não é correto jogar tanto peso na balança comercial de um mês só, porque se fica a mercê de distorções sazonais. O certo, sobretudo numa análise política que pretenda usar dados econômicos, é usar períodos acumulados.
Apesar do déficit em julho, nos últimos 12 meses o saldo comercial brasileiro permaneceu positivo, em US$ 4,5 bilhões. Nos anos 90, tivemos déficits seguidos em 1997, 1998 e 1998, sempre usando o período de 12 meses de agosto a julho, para efeito de comparação com os dados atuais. Em 1996/97 (ago/jul), o déficit foi de US$ 7,6 bilhões, em 1997/98 de US$ 6,3 bilhões e em 1998/98 de US$ 4,9 bilhões. Entretanto, mais do que olhar apenas déficit, é importante considerar a evolução das exportações. As exportações brasileiras nos últimos 12 meses atingiram o segundo maior nível de sua história. Ou seja, nos dois primeiros anos do governo Dilma, o Brasil nunca exportou tanto.
Compilei os dados da nossa balança comercial desde 1995 até hoje, preparei algumas tabelas e gráficos.
Não é correto jogar tanto peso na balança comercial de um mês só, porque se fica a mercê de distorções sazonais. O certo, sobretudo numa análise política que pretenda usar dados econômicos, é usar períodos acumulados.
Apesar do déficit em julho, nos últimos 12 meses o saldo comercial brasileiro permaneceu positivo, em US$ 4,5 bilhões. Nos anos 90, tivemos déficits seguidos em 1997, 1998 e 1998, sempre usando o período de 12 meses de agosto a julho, para efeito de comparação com os dados atuais. Em 1996/97 (ago/jul), o déficit foi de US$ 7,6 bilhões, em 1997/98 de US$ 6,3 bilhões e em 1998/98 de US$ 4,9 bilhões. Entretanto, mais do que olhar apenas déficit, é importante considerar a evolução das exportações. As exportações brasileiras nos últimos 12 meses atingiram o segundo maior nível de sua história. Ou seja, nos dois primeiros anos do governo Dilma, o Brasil nunca exportou tanto.
Um comentário:
Alguém acha que os "jornalistas" do PIG têm honestidade, boa fé e até inteligência para entrar num sistema desses e fazer uma apuração minimamente consistente?!
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