quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A 'escolha de sofia' do PSDB: aderir a Marina para abocanhar cargos ou votar em Dilma para não morrer




Com o cada vez mais evidente fiasco da candidatura Aécio, tucanos que têm algo mais na cabeça além do cenário imediato da eleição começam a botar na mesa duas alternativas:
  • apoiar Marina, em troca de cargos numa possível futura administração, já que programas são semelhantes; 
  • ou pensar menos no curto prazo e votar em Dilma para evitar vitória de Marina e assim manter o PSDB como principal partido de oposição e tentar uma vitória em 2018 com um candidato mais preparado.

Os que pensam em apoiar Dilma não irão fazê-lo em público declarando voto na candidata petista, o que seria suicídio. Mas, na prática, devem liberar e estimular o voto nela. Ou nulo.

Os que pensam desse modo usam como argumento o moribundo DEM, que já foi "o maior partido do ocidente", quando era a ARENA da ditadura, e depois transformou-se no PDS, dividiu-se e virou PFL, que optou por ser uma costela do PSDB, virou DEM, e agora ninguém o chama nem para formar chapa em sindicato dos lançadores de anões. O mesmo pode acontecer com o PSDB se aderir a Marina, pensam esses tucanos.

Já a outra corrente tucana, pragmática, imediatista, prefere negociar apoio a Marina. Eles julgam que ela não tem capacidade nem equipe para governar o Brasil. E os que estão com ela vieram do ninho tucano. Portanto, Marina, na prática, apenas choca os ovos que darão vida e poder a eles.

Os primeiros têm como certa a vitória de Dilma e querem marcar posição como principal partido de oposição ao governo.

Os outros acham que "fundido, fundido e meio". Marinamente, ora acham que ela pode ganhar, dora acham que não... Diferentemente dos mineiros, esses tucanos não são solidários nem no câncer, e querem o poder a todo custo, ainda que seja em ninho alheio, como o chupim. Se Marina perder, adaptam FHC e lançam um "esqueçam quem eu apoiei", voltam a criticá-la e a apoiar Serra.

Fato é que a História está aí para mostrar que os que tomam decisões medíocres têm destino à altura.

OBS: Não dou links para a mídia corporativa porque eles também não nos linkam quando nos citam.

Madame Flaubert, de Antonio Mello


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