Em 2006, foi igualzinho A Justiça vaza depoimento de Paulo Roberto Costa apenas para a grande imprensa, que assim pode manipular à vontade. |
A sociedade fica rendida.
Só nos resta apontar contradições.
Por exemplo, a Folha, ontem, divulgou a seguinte errata:
O Globo não deu atenção e jogou o nome de José Eduardo Dutra na lama
coletiva. Sem errata, porque o Globo nunca erra. Outro dia, Merval
Pereira deu números completamente errados do Ibope e sequer se desculpou
no dia seguinte.
O depoimento de Costa não vale nada se não vier acompanhado de provas.
Costa era um indicado do PP e a sua denúncia era de que haveria
repartição das comissões sobre os contratos entre ele, Yousseff e o PP.
A inclusão do PT fica por conta do “ouvi falar”.
Há uma combinação clara entre Yousseff e Costa. Ambos estão fazendo o
jogo da mídia. Seus advogados sabem que, ao denunciar, mesmo que sem
provas, o PT, eles ganham pontos na mídia, e páram de ser perseguidos
pela imprensa.
Observe que Paulo sequer mencionou nenhum partido. A informação sobre
PT, PP e PMDB é de fontes anônimas “investigadores da Polícia Federal”.
O advogado de Yousseff fala em um “partido que está disputando o segundo turno”.
Não há um áudio, uma prova, um documento.
Estamos diante de uma nova grande farsa.
Um bandido, ou melhor, dois bandidos fazem uma delação premiada, onde falam o que bem entendem, de maneira combinada.
A imprensa não apenas converte o que eles falam em verdade absoluta,
como inicia uma grande operação simbólica, com gráficos, vídeos, mapas
interativos.
Em Pernambuco, rola uma investigação séria, com documentos, sobre um esquema envolvendo PSB e PSDB, em contratos da Petrobrás.
O PSDB também está disputando o segundo turno…
Investigação sobre o afundamento da plataforma P-36? Nada.
Investigação sobre a privataria tucana? Nada.
Investigação sobre o trensalão? Só na Suíça.
Nota à imprensa
9 de outubro de 2014
Esclarecimento
Sobre as matérias publicadas hoje na imprensa envolvendo meu nome no bojo da operação Lava Jato, tenho a declarar o que segue:
– Os depoimentos realizados ontem foram acompanhados pelo Dr. Carlos
Fontes, advogado da Petrobras que constatou que o meu nome foi citado
uma única vez pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa no contexto de
“indicações políticas para diretoria da Petrobras”, não tendo havido
posteriormente qualquer citação ao meu nome em irregularidades
investigadas pela operação;
– De posse dessas informações, entrei em contato com repórter do Jornal
Folha de S. Paulo — até então o único veículo a citar meu nome no
episódio — e as transmiti. O referido jornal publicou errata na sua
versão online, às 23h36, de 08/10/2014, fazendo a retificação e
retirando meu nome da matéria que tratava do assunto intitulada “Esquema
irrigou campanhas do PT, PP e PMDB, diz ex-diretor da Petrobras”,
embora uma das versões impressas do veículo tenha sido publicada sem tal
correção;
– Minhas vinculações com o PT são públicas e notórias, bem como os
períodos em que ocupei a presidência da Petrobras, BR Distribuidora e,
atualmente, a Diretoria Corporativa da Petrobras;
Repudio quaisquer ilações que procurem vincular meu nome a práticas criminosas e tomarei as providências judiciais cabíveis.
José Eduardo Dutra
Diretor Corporativo e de Serviços
PS do Viomundo: Igualzinho a 2006 e 2010. Um caso para ocupar o
noticiário às vésperas do segundo turno, amplamente divulgado em nome
da “isenção jornalística”. Curiosamente, foi logo depois do primeiro
turno que “vazou” o áudio dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Feito as fotos do dinheiro para a suposta compra do dossiê, que em 2006
“vazaram” na antevéspera do primeiro turno e ajudaram a levar a
disputa para o segundo. Ou seja, as fotos de 2006 ficaram na gaveta até
“coincidentemente” vazarem para a capa do Estadão, da Folha, de O Globo a tempo de ocupar grande espaço no Jornal Nacional.
Agora, as gravações foram feitas em plena quarta-feira, para vazar
quando começa a campanha do segundo turno. Patrícia Poeta já prometeu os
depoimentos do ex-diretor da Petrobras e do doleiro Youssef juntinho
com as pesquisas do Ibope e do Datafolha, compondo a paginação do mesmo Jornal Nacional.
Tremenda coincidência? Não. Uma campanha eleitoral em que a oposição
dispõe do aparelho do Estado e do consórcio midiático para atuar
conjuntamente em seu favor.
Miguel do RosárioNo Viomundo
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