Publicado em 25/10/2014
“Denúncia” da Veja: cúmplice
O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
Leia mais:
E vote na trepidante enquete do C Af:
“Denúncia” da Veja: cúmplice
de bandido bandido é
Brito desmonta o Golpe que a Dilma aplicou no Itaúúú do Aecioporto.
O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:
Porque a história do doleiro é uma ofensa a qualquer inteligência
Se no Brasil se fizesse jornalismo e não campanha eleitoral nos jornais, a história do doleiro Alberto Youssef esbarraria num “pequeno” problema, sem o qual mesmo como “denúncia”, o que ele teria dito – se é que disse – não deveria ser publicado, porque falta um elemento essencial.
É simples, mas indispensável a que
qualquer pessoa medianamente inteligente dê um grama de crédito e
continue a ouvir o que se diz.
Mas tão obvio que, sem qualquer parcialidade política e de forma apenas cartesiana a história fica frágil como uma fofoca.
Como é que um bandido de terceira
categoria, recém-saído (2004) da cadeia, operando numa cidade do
interior do Paraná, que não tem contatos pessoais nem com Lula nem com
Dilma Rousseff afirma, como diz a Veja, que “eles sabiam”?
É a pergunta óbvia que os promotores e policiais que se apressaram a dar a “bomba” à Veja fariam, é obvio.
E o que qualquer jornalista digno de um mínimo de profissionalismo lhes perguntaria.
Imaginemos, então, que, perguntado, Youssef tivesse dito que o ex-diretor da Petrobras Paulo Costa, lhe contara.
Então, já temos “Youssef diz que Paulo Roberto disse que Lula e Dilma sabiam”
Como Paulo Roberto Costa não era,
nem mesmo ele alega isso, pessoa dos círculos de intimidade de Lula e
Dilma, mesmo que não tenha dado uma simples “garganteada” sobre seu
poder, para isso seria preciso que alguém lhe tivesse dito.
Digamos, um ministro, um senador ou um deputado.
E a notícia já seria “Youssef diz
que Paulo Roberto Costa disse que um deputado ou o Ministro X disseram
que Lula e Dilma sabiam”
Isso, claro, sem contar que o
deputado, o senador ou o Ministro não estivessem invocando os nomes dos
presidentes para dar cobertura à falcatrua que negociavam.
Elementos para comprovar ou dar um mínimo de credibilidade a isso? Nenhum.
Ora, será que um policial, um promotor, um juiz poderia tomar esta informação como verdade sem mais nada a comprová-la?
Por que um jornalista o faria, então?
Mais, por que, isso sendo dito a
três dias de uma eleição presidencial, um policial, um promotor, um juiz
ou um jornalista não vai se questionar se a declaração – se é que
existe – tenha sido dada com objetivos políticos, para colher gratidões
de um resultado político-eleitoral que possa advir da acusação?
E aí, de novo apelando para o
raciocínio mais simples e direto: apenas porque, por interesse e
parcialidade política, torna-se cúmplice daquele que o próprio juiz do
caso, Sérgio Moro, chamou de “bandido profissional”.
E cúmplice de bandido, bandido é.
Leia mais:
Azenha: bala de prata foi tiro no pé
Veja, Cachoeira e Policarpo. A folha corrida de terroristas
E vote na trepidante enquete do C Af:
Nenhum comentário:
Postar um comentário