sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Sitezinho vagabundo: Página do TCMG sai do ar e some com relatórios usados por Dilma para denunciar Aécio

16/10/2014
Na madrugada de quarta-feira, dia 15/10, o Limpinho publicou o post Durante o “Debate da Band”, site do Tribunal de Contas de Minas sai do ar. O texto relata a “estranheza” de a página não poder ser acessada justamente no momento em que os brasileiros poderiam ficar informados sobre as falcatruas do candidato carioco-mineiro, Aécio Neves, denunciadas pela presidenta Dilma Rousseff no debate. Na manhã do mesmo dia, o Portal UOL, pertencente à famiglia Frias, trazia a notícia sobre o sumiço dos documentos do site mineiro. Para se justificar, o Tribunal de Contas mineiro, em nota oficial, disse que, devido ao grande número de acessos, o site saiu do ar. O debate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) teve 11 pontos de média de audiência, com picos de 13,6. Cada ponto equivale a 60 mil domicílios da Grande São Paulo. Fazendo uma conta de padaria, acredito que 800 mil pessoas entraram ao mesmo tempo no Tribunal de Contas para derrubar o site. #sqn
Relatórios usados por Dilma para criticar Aécio somem do site do TCE
Via Portal UOL
Relatórios técnicos do Tribunal de Contas de Minas Gerais sobre as contas do Estado foram retirados do ar na quarta-feira, dia 15/10, após serem usados pela presidente Dilma Rousseff (PT) para acusar o rival Aécio Neves (PSDB) de não investir o mínimo exigido pela Constituição na saúde.
No debate da TV Bandeirantes, na terça-feira, dia 14/10, a petista afirmou que o governo mineiro, por não ter cumprido o mínimo constitucional (12% da receita estadual) nas gestões do PSDB em Minas, teria “desviado” R$7,6 bilhões.
Dilma então pediu que os telespectadores conferissem a informação no site do TCE. Logo após a afirmação da presidente, a página saiu do ar.
Na quarta-feira, dia 15/10, pela manhã, quando o site voltou, os pareces técnicos citados por Dilma, que correspondem ao período que vai de 2006 a 2012, não estavam mais disponíveis. O material ficou fora do ar pelo menos quatro horas, voltando ao site no final da tarde da própria quarta-feira.
Em nota, o tribunal afirmou que o site caiu por causa da quantidade de acessos na noite de terça, mas não explicou o motivo de os pareceres terem saído do ar. Procurado pela reportagem, o órgão não confirmou a exclusão de documentos das gestões tucanas.
Contas aprovadas
Em meio à polêmica, o Tribunal de Contas publicou em sua página oficial um comunicado em que diz que todas as contas do governo Aécio Neves (2003-2010) foram aprovadas. Logo em seguida, o fato foi divulgado pela assessoria de campanha do tucano.
Desde o início de seu governo em Minas, Aécio sempre contou com apoio político dos conselheiros do TCE, que são indicados pelo Executivo e pelo Legislativo, onde o ex-governador sempre teve o apoio de pelo menos 60 dos 77 deputados.
A atual presidente do Tribunal de Contas, Adriene Andrade, foi indicada conselheira por Aécio Neves. Ela é mulher do ex-senador Clésio Andrade (PMDB), que foi vice-governador no primeiro mandato de Aécio em Minas.
Clésio é réu do mensalão tucano e renunciou ao mandato recentemente alegando problemas de saúde. O seu processo, que tramitava no STF (Supremo Tribunal Federal), será agora julgado pela Justiça de Minas. A ação ainda está em fase preliminar.
***
Aecio_TCMG02
Tribunal de Contas de MG atribui queda de site a sobrecarga de acessos
Página saiu do ar após Dilma sugerir, em debate, que os eleitores checassem possível desvio na saúde da gestão de Aécio no estado.
Thiago Ricci, via O Globo
O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais justificou a queda do site entre a noite de terça-feira e a manhã desta quarta-feira afirmando sobrecarga de acessos. Segundo o órgão o número de usuários simultâneos durante o período foi 30 vezes maior do que a média histórica. A sobrecarga ocorreu logo após a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) sugerir, durante debate da disputa presidencial transmitido na noite desta terça-feira pela TV Band, que o eleitor acessasse o site do Tribunal de Contas mineiro para conferir um desvio que, segundo a candidata, seria de R$7,6 bilhões da saúde na gestão de Aécio Neves (PSDB) quando governador de Minas Gerais, entre 2003 e 2010.
– Quando o governo de Minas foi dirigido pelo senhor, vocês não cumpriram o que manda a Constituição, que é destinar um mínimo para a saúde. Desviaram em torno de R$7,6 bilhões, é o que diz o Tribunal de Contas do Estado, da Saúde – afirmou a petista, que complementou: – Eu proponho que a gente pare de discutir quem está mentindo e peço à pessoa que nos assiste hoje até essa hora, que entre no site do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, e nos arquivos dos jornais, e olhe quem está falando a verdade e quem está falando mentira.
Após o debate, no entanto, a página saiu do ar. Por nota, o TCE afirmou que, entre as 22h de terça e as 13h desta quarta, o número de acessos chegou a 920 usuários simultâneos, ante 30 de média. No período, foram 53,4 mil pessoas procurando a seção “Fiscalizando com o TCE” – diariamente, 2,5 mil em média pessoas entram na página do órgão, segundo a assessoria.
O endereço eletrônico chegou a ser restabelecido na manhã desta quarta-feira, mas sem algumas seções – incluindo a “Fiscalizando com o TCE”, na qual é possível ver as contas de governadores. A falha levantou questionamentos de internautas e até mesmo de lideranças petistas mineiras.
– Eles tiraram o site do ar. É o TCE de Minas censurando dados públicos em detrimento a um candidato. Eles sumiram com o relatório, o TCE está fazendo tudo o que o governo mineiro quer. Minas é um estado de exceção – afirmou o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG).
No fim da tarde desta quarta-feira, no entanto, o site voltou a apresentar todas as seções. Questionada, a assessoria do TCE informou que o “sistema não ficou indisponível, mas sim, instável”. E completou que está “trabalhando no sentido de aliviar a carga no portal para minimizar os problemas de acesso”.
Por nota, a campanha de Aécio afirmou que o candidato “teve suas contas aprovadas e que foram investidos o que a Constituição brasileira estabelece para Educação e Saúde”. Quanto ao sucessor do presidenciável tucano, Antonio Anastasia, governador mineiro de 2010 a 2014, o comitê afirmou que foi feito um “Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) preventivo, que não veio a ser utilizado, uma vez que o Estado cumpriu o percentual previsto nos novos moldes definidos pela emenda 29”.

Nenhum comentário: