Uma Argentina sem surpresas – e sem oposição
A oposição feroz dos grandes conglomerados dos meios de comunicação, a resistência desrespeitosa dos grandes magnatas do campo, as chantagens dos grandes barões da indústria, a virulenta má vontade das classes mais favorecidas, tudo isso somado não foi capaz de abalar o prestígio da presidente Cristina Fernández de Kirchner. Ela conquistou apoio de amplas faixas do eleitorado mais jovem, abriu espaço junto aos profissionais liberais, recebeu o voto massivo dos pobres. O artigo é de Eric Nepomuceno.
Eric Nepomuceno
Não houve nenhuma surpresa, e a grande curiosidade,
até tarde da noite do domingo, 23 de outubro, era saber qual a
porcentagem de votos que daria a Cristina Fernández de Kirchner uma das
mais estrondosas vitórias da história da Argentina. Havia, é verdade,
outra curiosidade: quanto por cento do eleitorado faria a glória do
médico Hermes Binner, que até maio ou junho mal roçava a casa dos 3% nas
pesquisas e se consolidou como segundo mais votado, deixando para trás,
desnorteadas, as figuras um tanto anêmicas de Ricardo Alfonsín, da
União Cívica Radical, e Eduardo Duhalde, da dissidência direitista do
peronismo?
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Do Blog CUERRILHEIROS VIRTU@IS.
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