Luis Nassif Online
O vale-tudo da informação chegou a um ponto sem retorno.
Historicamente, as jovens gerações de jornalistas entram com todo gás, querendo fazer carreira e, para tanto, seguindo os critérios de avaliação das direções. Se os critérios são tortos, forma-se uma geração torta. Foi assim com o rescaldo da campanha do impeachment, que consagrou os profissionais que mais atentaram contra os princípios jornalísticos, os que mais inventaram notícias, que se apossaram de matérias de terceiros.
O momento atual é o mais escabroso da moderna história da imprensa brasileira.
Na transição de gerações, existem os jornalistas experientes, servindo de referência e de moderação para os mais apressados. Cabe a essas figuras referenciais ensinar os limites entre jornalismo e ficção, o respeito aos fatos e as técnicas que permitam tornar as matérias atraentes sem apelar para a ficção ou para os ataques difamadores. Principalmente, cabe a eles mostrar os valores universais da civilização, o respeito ao direito sagrado da reputação, o pressuposto de que as acusações precisam vir acompanhadas de provas ou indícios relevantes, o direito de se ouvir, sem viés, a defesa do acusado, o uso restrito do jornalismo declaratório.
A questão é que esse meio campo está com lacunas.
O episódio Orlando Dias mostrou jornalistas consagrados, que deveriam fazer o contraponto, ajudando a criar o clima de expectativa em cima das capas de Veja. São jornalistas que estão fartos de saber que a revista não segue princípios jornalísticos, que mente, difama, blefa, que promete provas que nunca aparecem. Mas não se pejaram de aproveitar o embalo para atacar adversários históricos.
Outros jornalistas, com história e credibilidade, preferiram recolher-se ao seu próprio trabalho, pela notória impossibilidade de remar contra uma tendência irreversível de consolidação do jornalismo de esgoto.
Fazem bem em se poupar e não tentar remediar o irremediável.
O vale-tudo da informação chegou a um ponto sem retorno.
Historicamente, as jovens gerações de jornalistas entram com todo gás, querendo fazer carreira e, para tanto, seguindo os critérios de avaliação das direções. Se os critérios são tortos, forma-se uma geração torta. Foi assim com o rescaldo da campanha do impeachment, que consagrou os profissionais que mais atentaram contra os princípios jornalísticos, os que mais inventaram notícias, que se apossaram de matérias de terceiros.
O momento atual é o mais escabroso da moderna história da imprensa brasileira.
Na transição de gerações, existem os jornalistas experientes, servindo de referência e de moderação para os mais apressados. Cabe a essas figuras referenciais ensinar os limites entre jornalismo e ficção, o respeito aos fatos e as técnicas que permitam tornar as matérias atraentes sem apelar para a ficção ou para os ataques difamadores. Principalmente, cabe a eles mostrar os valores universais da civilização, o respeito ao direito sagrado da reputação, o pressuposto de que as acusações precisam vir acompanhadas de provas ou indícios relevantes, o direito de se ouvir, sem viés, a defesa do acusado, o uso restrito do jornalismo declaratório.
A questão é que esse meio campo está com lacunas.
O episódio Orlando Dias mostrou jornalistas consagrados, que deveriam fazer o contraponto, ajudando a criar o clima de expectativa em cima das capas de Veja. São jornalistas que estão fartos de saber que a revista não segue princípios jornalísticos, que mente, difama, blefa, que promete provas que nunca aparecem. Mas não se pejaram de aproveitar o embalo para atacar adversários históricos.
Outros jornalistas, com história e credibilidade, preferiram recolher-se ao seu próprio trabalho, pela notória impossibilidade de remar contra uma tendência irreversível de consolidação do jornalismo de esgoto.
Fazem bem em se poupar e não tentar remediar o irremediável.
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