sábado, 16 de março de 2013

O dia em que o tucanato tremeu


A entrada de Lula no xadrez eleitoral de 2014 tem o poder de redefinir todo o quadro eleitoral, mexendo com todas as principais peças do jogo
Lula Miranda, Brasil 247
Li, aqui mesmo no Brasil 247, que o PT em seu último programa de TV teria insinuado, ou “deixado no ar”, a possibilidade do ex-presidente Lula sair candidato ao governo de São Paulo em 2014. Foi o que bastou para se ver tucano de alta plumagem tremer e esboçar aquele indisfarçável sorriso amarelo, sem graça. Foi o que bastou, por outro lado, para deixar os petistas alvoroçados, entusiasmados sentindo que o seu “Neymar” iria entrar em campo novamente – e para ganhar.

Se for para valer, será de fato uma jogada de mestre. A entrada de Lula no xadrez eleitoral de 2014 tem o poder de redefinir todo o quadro eleitoral, mexendo com todas as principais peças do jogo: nos estados e até mesmo na, até então tida como certa, candidatura de Eduardo Campos ao Planalto. Se Lula sai em São Paulo Campos muito provavelmente adiará suas ambições palacianas e sairá para o Senado. Podem anotar aí.
A candidatura de Lula ao Palácio dos Bandeirantes tem força suficiente/bastante inclusive para embalar candidaturas em outros estados. Como, por exemplo, a candidatura de Lindbergh Farias no Rio de janeiro. Isso a despeito da vontade do próprio Lula e de sua amizade com Cabral – que arriscou demais e deu um passo em falso na precipitada e insensata ameaça de “moratória” nesse episódio da disputa pelos royalties. Essa movimentação “tectônica”, causada pela candidatura de Lula em SP, vai gerar uma avassaladora onda vermelha pelo país afora. Um verdadeiro tsunami pode atingir o Brasil.
Some-se a essa “onda” a melhoria no cenário econômico, já à vista logo ali no horizonte, a impulsionar ainda mais a popularidade de Dilma e veremos acontecer com o PT fenômeno semelhante ao que ocorreu com o PMDB em 1986. Vale lembrar que naquele ano, impulsionados pelo plano Cruzado, esse partido elegeu praticamente todos os governadores do país – com exceção apenas do estado de Sergipe, que ficou com o PFL, parceiro na coalizão governista à época. A parceria Lula & Dilma será, novamente, arrebatadora.
Afinal, cá entre nós, imaginem comigo: de um lado um político da estatura de Luiz Inácio Lula da Silva; do outro um político da estatura de um Alckmin, que foi apelidado, não à toa, claro, de “picolé de chuchu”. Acrescente-se ainda a essa injusta e incomparável métrica a fadiga de material causada por 20 anos de (des)governo tucano em SP. Quem você escolheria? Em quem você votaria?”

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